Perícia da PF confirma que restos mortais encontrados são de Dom Phillips
A PF (Polícia Federal) confirma que os restos humanos encontrados na Amazônia são do jornalista Dom Phillips. O material foi recolhido no local apontado pelo pescador Amarildo da Costa Oliveira. A confirmação foi feita com base no exame de Odontologia Legal, combinado com Antropologia Forense.
O Comitê de Crise diz que estão sendo feitos todos os testes para a identificação completa dos remanescentes para identificação da causa das mortes e para indicação da dinâmica do crime e ocultação dos corpos.
Dom foi morto ao lado do indigenista brasileiro Bruno Araújo Pereira, desaparecidos desde 5 de junho, quando faziam uma expedição de barco pela região norte do Amazonas. Segundo a Polícia Federal, Oliveira, também conhecido como Pelado, confessou que matou e enterrou os corpos do servidor licenciado da Funai e do correspondente do jornal The Guardian.
Ainda não há informações sobre Bruno. Os restos mortais, que saíram do avião da PF em caixões, chegaram ontem a Brasília para a perícia.
Quem são as vítimas?
Dom era correspondente do jornal The Guardian. Britânico, ele veio para o Brasil em 2007 e viajava frequentemente para a Amazônia para relatar a crise ambiental e suas consequências para as comunidades indígenas e suas terras.
O jornalista conheceu Bruno em 2018, durante uma uma reportagem para o Guardian. A dupla fazia parte de uma expedição de 17 dias pela Terra Indígena Vale do Javari, uma das maiores concentrações de indígenas isolados do mundo.
O interesse em comum aproximou a dupla.
Bruno era servidor licenciado da Funai (Fundação Nacional do Índio). Era conhecido como um defensor dos povos indígenas e atuante na fiscalização de invasores, como garimpeiros, pescadores e madeireiros.
Em entrevista ao UOL, o líder indígena Manoel Chorimpa afirmou que o indigenista estava preocupado com as ameaças de morte que vinha sofrendo.
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