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Velório de petista morto por bolsonarista reúne centenas de pessoas no PR

A deputada federal e presidente do PT, Gleisi Hoffmann, no velório de Marcelo Arruda - Christian Rizzi/Fotoarena/Estadão Conteúdo
A deputada federal e presidente do PT, Gleisi Hoffmann, no velório de Marcelo Arruda Imagem: Christian Rizzi/Fotoarena/Estadão Conteúdo

Lorena Pelanda

Colaboração para o UOL, em Curitiba

11/07/2022 09h17

O velório de Marcelo Aloizio de Arruda, guarda municipal e tesoureiro do PT morto durante a comemoração de aniversário de 50 anos, reúne centenas de familiares, amigos e militantes do PT em Foz do Iguaçu (PR) na manhã de hoje. Ele foi morto no sábado à noite (9), enquanto comemorava o aniversário com decoração temática do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pré-candidato à Presidência pelo partido.

A cerimônia de despedida é realizada desde a tarde de ontem no ginásio de esportes Sebastião Flor, em Foz do Iguaçu. O caixão foi coberto com duas bandeiras: uma do PT e outra com a da Guarda Municipal.

O enterro está previsto para as 14h desta segunda-feira, no cemitério Jardim São Paulo, também na região oeste do Paraná.

A presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), esteve no velório no começo da noite de ontem. Ela desmarcou alguns compromissos de campanha para ir até o local. Em um vídeo divulgado em seguida, ela cobrou providências do Judiciário sobre o caso.

"Nós vamos chorar e enterrar mais um companheiro, que tombou vítima da violência política. Isso precisa parar. As autoridades de segurança pública precisam ter medidas efetivas de prevenção e combate à violência política. O Tribunal Superior Eleitoral deve assumir o papel de coordenador do processo eleitoral e deflagrar uma grande campanha contra a violência política. Tem de constranger essa gente influenciada por Bolsonaro e não ficar na postura da autodefesa", diz Hoffmann.

O bolsonarista Jorge José da Rocha Guaranho, que invadiu efetuou os disparos contra Marcelo, continua internado em estado grave. Até o momento, segundo a assessoria de imprensa do Hospital Municipal de Foz do Iguaçu, não houve alteração no quadro de saúde. Ele está internado sob custódia da Polícia Militar.

Investigação preliminares

A Polícia Civil do Paraná deve ouvir nos próximos dias testemunhas e familiares de Arruda e Guaranho.

A delegada Iane Cardoso, responsável pelo caso, afirma que ainda não há confirmação se o petista e o bolsonarista já se conheciam.

"A informação que a esposa do agente penal passou é que ele era diretor da sede da Associação Esportiva Saúde Física Itaipu, local que a festa foi realizada. A gente deduz que talvez ele tivesse algum conhecimento. A gente precisa apurar e ouvir com cautela, já que tem muita gente emocionada para prestar o depoimento e só depois fazer a oitiva", afirmou a delegada durante uma entrevista coletiva.