Mansão de traficante no RJ tem de coleção de Rolex a 'McLaren de Senna'
Durante a operação na residência do Rio de Janeiro do traficante Diogo Ferreira Mariano, procurado pela Polícia Federal por supostamente liderar uma quadrilha responsável pelo envio de 23 toneladas de cocaína para a Europa, foram encontradas uma coleção de relógios de luxo e uma réplica da McLaren de Ayrton Senna. O suspeito segue foragido.
Ao menos 16 relógios da marca Rolex — cujas versões mais baratas ficam em torno de R$ 30 mil — foram achados na mansão do suspeito, na Barra da Tijuca. No meio da sala, estava uma moto e uma bicicleta elétrica. Já na parede, ao lado de um quadro com a foto do piloto de Fórmula 1, uma réplica do veículo que ele dirigia decorava a parede.
No closet de Diogo Mariano, dezenas de sacolas de lojas de marca, como Louis Vuitton e Dolce&Gabbana, estavam espalhadas pelo chão. Em outra parte, os agentes encontraram vários pares de tênis e acessórios, como bonés.
Do lado de fora da mansão, os agentes encontraram uma área verde com jardim, piscina, um jet ski e uma saída com acesso a um canal.
A Polícia Federal de São Paulo deflagrou a operação "Efeito Cascata", desde a última quarta-feira (17), voltada à repressão do crime organizado, tráfico transnacional de drogas e lavagem de dinheiro.
Os agentes cumpriram 29 mandados de prisão preventiva, 34 mandados de busca e apreensão, ordens de bloqueio de ativos financeiros de R$ 500 milhões, bloqueio de veículos e sequestro de, pelo menos, 18 imóveis com valor estimado superior a R$ 25 milhões.
Principal alvo da operação, Diogo não foi encontrado e segue foragido. A suspeita dos agentes é a de que o narcotraficante esteja escondido em Dubai, nos Emirados Árabes, de onde estaria coordenando a lavagem de dinheiro da organização criminosa. Ele é procurado também pela Interpol.
A investigação foi iniciada em julho de 2020 e apreendeu 7.736 kg de cocaína em dez diferentes locais, nos estados de Sergipe, São Paulo, Mato Grosso e Rio de Janeiro. A PF também recolheu 28 veículos, entre caminhões, semirreboques e automóveis. Ao todo, 21 pessoas foram presas em flagrante por crime de tráfico de drogas desde o início da investigação.
A organização atuava no transporte rodoviário de cargas de droga em meio a mercadorias lícitas e foram identificadas movimentações bancárias milionárias.
As drogas saíam da fronteira boliviana e seguiam em compartimentos ocultos de caminhões até São Paulo e Rio de Janeiro. Quando chegavam nas cidades, os entorpecentes eram transportadas em veículos utilitários para regiões portuárias, como Santos e Itaguaí, visando o embarque em navios para a Europa.
Os 21 presos na operação estão à disposição da Justiça Federal de São Paulo e serão indiciados pelos crimes de organização criminosa, tráfico transnacional de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro. Se condenados, as penas podem ultrapassar 59 anos de reclusão.
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