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Criança de 2 anos morre após sofrer estupro e agressões no RJ, diz polícia

Casal foi preso pela morte de menina em São Francisco de Itabapoana - Reprodução/Inter TV
Casal foi preso pela morte de menina em São Francisco de Itabapoana Imagem: Reprodução/Inter TV

Colaboração para o UOL

03/09/2022 13h18Atualizada em 03/09/2022 13h30

A mãe e o padrasto de uma menina morta na quinta-feira (1º) foram presos ontem em São Francisco de Itabapoana, na região norte do estado do Rio de Janeiro. A vítima tinha 2 anos, informou o RJTV, da TV Globo. Segundo a Polícia Civil, o padrasto teria estuprado e depois espancado a criança, que não resistiu e acabou morrendo de hemorragia.

Apesar de a menina ter apresentado hematomas recentes, que foram vistos pela equipe médica que a atendeu na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Guarus, em Campos dos Goytacazes, no norte fluminense, o corpo dela também apresentava marcas antigas de violência física.

A mãe e o homem teriam começado a se relacionar há pelo menos quatro meses. As investigações indicam, de acordo com a delegada Madeleine Farias, da 146ª Delegacia de Polícia, que a criança sofria agressões do padrasto já há um tempo. O estupro e agressões foram confirmados através de laudo pericial.

"Os peritos confirmaram, através do laudo pericial, que a menina foi abusada recentemente. O laudo demonstra que ela foi espancada. A morte dela foi em decorrência de uma hemorragia contundente pela laceração do fígado e do baço da menina. Ou seja, ela foi espancada. Não há dúvidas de que ela foi abusada e espancada", falou.

Em coletiva de imprensa, a delegada disse que a mãe, ao falar com a equipe médica, informou que a filha havia convulsionado, caído e batido a nuca no chão. "A equipe médica chegou a massagear a criança, mas percebeu que existiam lesões incompatíveis com aquela versão apresentada."

A mãe contou que não estava em casa quando o episódio aconteceu, pois teria ido à mercearia. Segundo a delegada, relatos mostram que a mulher realmente saiu no momento do estupro. Contudo, o laudo revelou lesões antigas na menina, indicando a prática de maus-tratos. Isso fez a polícia investigar o envolvimento dela no crime por possível omissão.

"A omissão dela foi relevante para que esse crime acontecesse. Ela demonstrou frieza e indiferença em relação a morte da menina, não chorava ou lamentava. Ficava aos cochichos com o companheiro e não foi ao enterro da filha", descreveu a delegada.

Ainda segundo a investigação, o pai da criança não sabia da relação e estava chocado com o que aconteceu. O caso também abalou moradores do bairro Guarus, onde a menina vivia. Indignados, eles chegaram a protestar em frente à delegacia na noite quinta-feira.