Justiça reabre apuração de estupro e cárcere privado contra Thiago Brennand
A Justiça desarquivou um inquérito para apurar se o empresário pernambucano Thiago Brennand, 42, cometeu os crimes de sequestro, estupro e cárcere privado contra uma modelo na cidade de Porto Feliz, interior de São Paulo. A mulher afirma ter sofrido agressões, ter tido um vídeo íntimo filmado sem o seu consentimento e ter sido forçada a fazer uma tatuagem com as iniciais de Thiago.
Flagrado por câmeras de segurança agredindo uma modelo em uma academia de luxo em São Paulo no dia 3 de agosto deste ano, Thiago foi denunciado pelo MP-SP (Ministério Público de São Paulo) por lesão corporal e corrupção de menores, já que teria induzido o próprio filho a mentir em depoimento. A defesa do empresário nega.
O caso foi reaberto por um período de 30 dias com base em requerimento apresentado pelo MP-SP, conforme decisão do juiz Jorge Panserini, da 1ª Vara Criminal de Porto Feliz.
A investigação policial, que veio à tona após reportagem exibida pelo Fantástico, da TV Globo, tinha sido arquivada por falta de provas e encerrada em junho deste ano. No relatório, a delegada responsável pelo caso disse que Thiago não tem antecedentes e que nunca foi alvo de processo por uso de arma de fogo, apesar de ter uma coleção. A responsável pelo inquérito também questionou a conduta da vítima.
Momentos de terror. A vítima, que mora fora do Brasil, contou que ter mantido contato com o empresário pelas redes sociais. Com viagem marcada para visitar a família no Recife, ela decidiu passar por São Paulo para encontrá-lo. Ela diz que passou momentos de terror na mansão de Thiago, que fica a 1h30 da capital paulista, e que ele negou acesso ao celular dela.
"Ele tomou o telefone da minha mão, me empurrou no chão, me deu um tapa na cara e me forçou a colocar o código no telefone", contou ao Fantástico. Segundo ela, as agressões continuaram até que ele a teria estuprado.
No terceiro dia, eles teriam ido até São Paulo para jantar e acabaram em um estúdio de tatuagem, onde ela foi obrigada a fazer uma tatuagem com as inicias de Thiago, que teria dito: "você agora é propriedade minha".
Eu sinto muito pelo que aconteceu com ela. Mas se não fosse isso, ninguém ia ter prova visível de que ele é violento, de que ele é um monstro. Então, graças a ela, eu pude falar: 'Aconteceu comigo, vão acreditar em mim'."
Mulher que diz ter sido estuprada, sobre a segunda vítima, na academia em SP
Relato de ameaças. O caso chegou a ser denunciado à polícia pelo irmão dela, mas ela conta que, sob ameaça, teria desmentido a história em depoimento. Em um trecho de um telefonema entre os dois, o homem diz: "Você não sabe onde está entrando. A minha resposta, ela vem ou em você ou num filho ou num familiar. Você trate de respeitar a minha biografia".
Imagens íntimas vazadas. Ainda conforme o relato, Thiago também divulgou imagens íntimas dos dois. O conteúdo foi enviado para a filha dela, de 15 anos, e em diversos grupos nas redes sociais, inclusive fora do Brasil.
Defesa nega acusações. Os advogados de Thiago Brennand disseram que ele nunca forçou as parceiras a terem relações sexuais sem preservativo, e que sempre houve respeito, limites e que as relações eram consensuais.
Sobre as acusações de estupro e cárcere privado, disseram que a história foi "rigorosamente investigada pela polícia", que o MP pediu o arquivamento do caso e que a Justiça acatou.
Sobre o caso da academia, Thiago admitiu em boletim de ocorrência registrado na polícia que cuspiu na mulher, mas afirmou que fez apenas "uso comedido" da força para dar uma "resposta certeira". A defesa dele, porém, disse que só vai se manifestar sobre o caso nos autos do processo.
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