Policial é investigada por vender fotos e vídeos sensuais no Instagram
Uma policial militar do Rio de Janeiro é investigada pela corregedoria da corporação após ser denunciada por compartilhar conteúdo sensual no Instagram. Yolanda Carolina Buarque de Oliveira, 35, chegou a vender pacotes com fotos e vídeos para seus seguidores e sortear um café da manhã com ela para um de seus fãs na rede social, onde tem 20 mil seguidores.
A mulher, que se apresenta na internet como Carolina Oliveira, foi ouvida pela 2ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar, responsável pelo "procedimento apuratório interno" para averiguar a situação da policial, segundo nota enviada ao UOL pela assessoria da corporação.
Nas redes sociais, Carolina negou que produza conteúdos incompatíveis com sua função como policial militar e ironizou os comentários que recebeu pelas fotos e vídeos que posta.
"Então, tem muita gente maldosa e eu vim aqui para explicar que eu nunca fiz nenhum vídeo pornográfico, não tenho nenhum tipo de foto pornográfica ou qualquer coisa que fere a PM. A minha profissão é uma coisa e a minha vida particular é outra coisa", afirmou ela.
A PM também usou seu perfil no Instagram para compartilhar mensagens de apoio que recebeu e negar que os "pacotes" que vende sejam de conteúdo adulto, compartilhando uma definição dada pelo Google para o termo, que abrangeria apenas a exibição de partes íntimas ou de atos sexuais em vídeos e fotos.
Em seus stories ofertando lives e ensaios fotográficos, com direito ao uso de fantasias, Carolina destacava que "não havia conteúdo pornográfico" em suas produções. Entre os produtos comercializados por ela estava um "pacote trimestral" em que os assinantes teriam acesso às imagens por três meses.
Em uma das promoções, quem fechasse a oferta ganharia um cupom valendo um café da manhã exclusivo com a policial.
"Ao assinar o plano trimestral você receberá um cupom para concorrer a um café da manhã comigo, que acontecerá todo final do mês com os novos assinantes", explicou Carolina na publicação feita nas últimas semanas.
O UOL conversou com a PM na manhã de hoje, por mensagens no WhatsApp, mas ela não respondeu aos questionamentos sobre a denúncia.
No Código de Ética da Polícia Militar do Estado do Rio há um parágrafo que menciona o "acompanhamento das atividades estranhas exercidas pelos policiais militares, durante as folgas, sobretudo em locais incompatíveis com sua condição", mas, questionada pela reportagem, a corporação não respondeu se a conduta da agente vai diretamente contra as normas.
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