PF e Ibama fazem operação contra mineração ilegal de ouro na Amazônia
A PF (Polícia Federal) e o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) realizam na manhã de hoje uma operação para apurar e combater crimes ambientais e a mineração ilegal de ouro.
Segundo a PF, os crimes em apuração estão relacionados ao contrabando e acobertamento de mercúrio, produto destinado ao abastecimento de garimpos em estados da Amazônia Legal (Mato Grosso, Rondônia e Pará).
São cumpridos cinco mandados de prisão preventiva, nove de prisão temporária e 49 de busca e apreensão em cidades de seis estados brasileiros: Mato Grosso, São Paulo, Goiás, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Rondônia.
Prejuízo de R$ 1,1 bilhão. Além dos mandados, também foram determinados o sequestro e indisponibilidade de bens dos investigados em montante superior a R$ 1,1 bilhão, correspondente ao valor calculado de prejuízo.
Ainda de acordo com a corporação, os alvos incluem residências, sedes de empresas, depósitos e áreas de mineração onde funcionaria uma organização criminosa responsável por receptação, contrabando, falsidade documental e lavagem de dinheiro.
A PF informou, por meio de nota, que a operação também engloba a fiscalização de áreas de mineração pelo Ibama.
Há a possibilidade de aplicação de multas, suspensão de atividades e embargos, e a apuração de condutas de pessoas físicas e empresas envolvidas com a importação e comércio de mercúrio, recicladoras de resíduos e mineradoras de ouro em Santa Catarina, São Paulo, Mato Grosso e Pará, diz a corporação.
Operação apura fraude em sistema de controle do Ibama. O principal objetivo da força-tarefa é eliminar um esquema criminoso de fraudes no CTF (Cadastro Técnico Federal), que é o sistema de controle de importação e comércio de mercúrio metálico sob responsabilidade do Ibama.
Esse sistema prevê que toda a comercialização e uso de mercúrio metálico no Brasil ocorra em cumprimento da legislação, uma vez que a má utilização da substância pode contaminar rios, comprometendo animais, peixes e humanos.
O mercúrio é um elemento tóxico que pode causar danos irreversíveis, inclusive no sistema nervoso central, e levar à morte.
As investigações da PF apontam que há indícios de mais de duas toneladas de mercúrio comercializadas por métodos criminosos.
O nome da operação Hermes (Hg) faz alusão ao nome do deus grego equivalente ao deus Mercúrio para os romanos, enquanto o Hg faz referência ao nome do elemento na tabela periódica.
A identificação também é um acrônimo formado com a sigla Ermes, que significa Esforço de Repressão ao Mercúrio para Equilíbrio Socioambiental.
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