Sargento que ficou conhecido por formar trisal no AC é expulso da PM
Um policial militar famoso por formar um trisal foi expulso da corporação no Acre "a bem da disciplina", ou seja, seguindo o descumprimento do Estatuto dos Militares. O 3º sargento Erisson de Melo Nery responde criminalmente pela morte de um adolescente de 13 anos, em 2017, e por atirar contra um estudante durante uma briga em um bar. Segundo a Corporação, ao atirar em estudante, sargento manchou o nome da instituição.
A exclusão do agente foi publicada hoje no Diário Oficial do Estado, mas a decisão tem efeito retroativo para 26 de janeiro, segundo o documento disponível no site do governo do Acre. Agora, Erisson será orientado a devolver o fardamento, "materiais bélicos" e sua identidade militar para concluir o processo de desligamento.
O PM ficou famoso pela configuração diferente de sua vida romântica: casado com Alda Radine, também policial militar, e com a administradora Darlene Oliveira. Os dois sargentos se relacionam com a mulher desde 2020, morando juntos.
À Universa, em 2021, eles detalharam que Alda e Erisson cresceram em Rio Branco e se conheceram já na infância. Os dois começaram um relacionamento ainda na adolescência e se casaram em 2001, tendo dois filhos, de 17 e 13 anos.
Já a terceira ponta do trisal, Darlene Oliveira nasceu em Itaituba, no Pará, mas se mudou para o Acre em 2018. Segundo Alda, foi ela quem deu o "primeiro passo" na relação.
"Ela começou a me seguir no Instagram e eu comecei a segui-la também", detalha a sargento. "Com um tempo que ela me seguia comecei a criar interesse nela e mostrei [a Darlene] para o Nery e disse que 'eu ficaria com essa mulher'", confessou. Após algum tempo, a ligação, que começou como amizade, virou namoro.
O que diz a defesa
Em contato com o UOL, o advogado Matheus Moura disse que a exoneração é "totalmente ilegal, a qual há vício em seu núcleo."
Ainda segundo Moura, Nery sequer passou por inspeção médica de saúde para a sua dispensa.
"Dessa forma, há ilegalidade formal e material nessa decisão de exclusão, a qual hoje ainda será levado ao Poder Judiciário para ser sanado essa decisão teratológica. Temos confiança no Poder Judiciário, a qual não irá deixar tal decisão se perpetrar. Hoje, Nery possui inúmeros problemas psíquicos, faz uso de medicação contínua, e está sendo acompanhado por médico psiquiatra e psicólogo devidamente autorizados pela magistrada."
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