Agressora de entregador no RJ alega 'questões médicas' e adia depoimento
A ex-atleta de vôlei Sandra Mathias Correia de Sá, que agrediu o entregador Max Ângelo dos Santos na zona sul do Rio, não compareceu hoje à delegacia da Gávea (15ª DP), como previsto. A defesa dela afirmou que o depoimento foi adiado por "questões médicas", sem dar detalhes. Não há uma nova data prevista.
O que aconteceu
Sandra agrediu com socos Max Ângelo dos Santos em uma calçada em São Conrado, no último domingo (9). Imagens mostram ainda que ela pega a guia da coleira de seu cachorro e dá uma chicotada nas costas do entregador.
O advogado de Sandra, Roberto Butter, esteve na 15ª DP para justificar a ausência de sua cliente. "Ela tem várias lesões corporais", disse. "Vocês vão se surpreender", se dirigindo a jornalistas que estavam na delegacia na manhã de hoje.
As agressões teriam começado porque Sandra não gostou de ver os entregadores na calçada. Max afirma que a nutricionista mandou eles voltarem para favela e os xingou de "lixo". Segundo ele, a ex-atleta disse que era "prima de um delegado da polícia federal e do governador" Cláudio Castro (PL), o que ele negou.
Max já passou por exames no Instituto Médico-Legal no domingo e depôs hoje na 15ª DP, onde ele registrou a ocorrência e que investiga os crimes de agressão e injúria racial. Ele afirma que não quer nenhum acordo judicial, e sim que Sandra seja punida pelos crimes.
A entregadora Viviane Souza, que também foi agredida por Sandra no mesmo dia, também é aguardada para depor hoje.
Eu fui muito humilhado. Quis me afastar e não quis revidar, mas se eu boto a mão nela, hoje eu estaria em [um presídio de] Bangu, porque ela iria alegar que eu a agredi. Não quero que aconteça com outra pessoa, quero justiça."
Max Ângelo dos Santos, entregador