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Mulher bate em entregadores no Rio e chega a usar coleira em agressões

Do UOL, em São Paulo

10/04/2023 20h55Atualizada em 10/04/2023 21h52

A ex-atleta de vôlei e nutricionista Sandra Mathias Correia de Sá é suspeita de injúria por preconceito e lesão corporal por xingar e bater em entregadores de uma loja em São Conrado (RJ).

O que aconteceu:

Imagens que circulam nas redes sociais mostram a nutricionista agredindo e xingando os entregadores, que estavam na calçada da loja em que trabalham.

Depois de puxar a camisa e dar socos no entregador Max Ângelo dos Santos, Sandra pega a guia da coleira do cachorro e dá uma chicotada nas costas dele, mostram as imagens.

A mulher teria saído para passear com o cachorro ontem quando encontrou o grupo de entregadores na calçada. As informações são da TV Globo.

"Ela me tratou como se eu fosse escravo. Só que ela está esquecendo que o tempo da escravidão já acabou há muitos anos. E isso não pode acontecer. É inadmissível. Não tem como aceitar uma situação como essa", disse Max Ângelo dos Santos à emissora.

Ela não gostou de vê-los andando de moto em cima da calçada e reclamou com uma das mulheres. "Você não está na favela. Você está aqui. Quem paga o IPTU aqui sou eu", disse Sandra, ao ameaçar a entregadora Viviane Maria de Souza.

"Ela começou a me xingar de lixo, de favela, de nome feio e ficou me chamando para briga", conta Viviane, ao lembrar que correu porque não queria se envolver em briga com a nutricionista.

Sandra foi procurada pela reportagem do UOL para comentar o caso, mas ainda não retornou. A TV Globo esteve no prédio em que ela mora, mas a suspeita disse que não iria se manifestar, segundo a emissora de televisão.

Essa não é a primeira agressão

Essa não teria sido primeira agressão da ex-atleta de vôlei ao grupo de entregadores. Na última terça-feira (4), Max Ângelo contou que ela já havia passado pelo local e xingado os trabalhadores.

"Me chamou de marginal, preto, favelado e disse que em São Conrado não era o meu lugar", lamentou o entregador, em entrevista à Globo.

Max Ângelo, que é morador da Rocinha e trabalha como entregador há um ano e meio, já prestou depoimento sobre o caso e passou por exames no IML (Instituto Médico Legal).

A suspeita é aguardada pela 15ª DP (Gávea) para ser ouvida, informou a Polícia Civil do Rio de Janeiro.