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Homem tenta extorquir mercado em R$ 300 mil, detona bomba e é preso no MT

Do UOL, em São Paulo

14/04/2023 13h42Atualizada em 14/04/2023 14h25

O homem que tentou extorquir um supermercado de Rondonópolis, no Mato Grosso, foi preso na quarta-feira (12). Ele explodiu uma bomba no local após não receber o pagamento de R$ 300 mil em criptomoedas.

O que aconteceu:

  • Rodrigo Machado de Oliveira, 33 anos, confessou que tentou chantagear o supermercado a lhe pagar R$ 300 mil em criptomoedas para que explosivos instalados no local não fossem detonados. O caso aconteceu em 4 de abril. Por volta das 8h30, o serviço de atendimento ao consumidor do supermercado recebeu mensagens de uma pessoa dizendo ser "membro de uma organização que efetua ações de altíssima violência".
  • Rodrigo foi a uma das lojas no bairro Vila Operária e acionou o primeiro artefato explosivo. Duas pessoas tiveram lesão corporal grave, inclusive uma criança de sete anos.
  • Após o ataque, Rodrigo enviou uma nova mensagem ao supermercado exigindo o pagamento de R$ 300 mil sob risco de uma nova explosão. Ele diz que, apesar da ameaça, não tinha a intenção de detonar a segunda bomba.
  • A Polícia Civil foi acionada e localizou um artefato explosivo em outra unidade do supermercado, no bairro Jardim Tropical. Durante a investigação, as equipes identificaram o veículo usado no crime e, a partir da informação, chegaram ao proprietário. Rodrigo responderá pelos crimes de extorsão qualificada (com agravamento pela lesão causada nas vítimas) e explosão.

Em depoimento, Rodrigo Machado de Oliveira afirmou que queria causar prejuízos materiais em "quem tem muito dinheiro". Ele diz ter escolhido o supermercado para se camuflar no grande fluxo de pessoas.

As duas bombas foram acionadas no mesmo dia, em 31 de março. Rodrigo afirmou aos policiais que tinha a intenção de colocar o dinheiro numa plataforma de carteiras virtuais para dificultar seu rastreio.

Segundo a Polícia Civil, ele planejava o ataque desde outubro de 2022. Na casa de Rodrigo, foram apreendidos objetos utilizados na fabricação dos artefatos explosivos, como pólvora, mecanismo eletrônico de detonação à distância e munições.

Rodrigo é barbeiro, não tinha passagem pela polícia e confessou a autoria do crime.