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Médico que já cumpriu pena por crime sexual é investigado por novo abuso

Salim Michel Yazeji - Reprodução/Redes sociais
Salim Michel Yazeji Imagem: Reprodução/Redes sociais

Do UOL, em São Paulo

26/04/2023 20h49Atualizada em 26/04/2023 21h09

O médico Salim Michel Yazeji, de 72 anos, que já cumpriu pena por crime sexual, é investigado por um novo abuso no Rio de Janeiro. As informações são da TV Globo.

O que aconteceu:

O neurocirurgião é suspeito de abuso contra uma paciente, em novembro de 2022, quando trabalhava no plantão do Centro de Emergência Regional (CER), na região central do Rio.

A mulher disse à TV Globo que o médico perguntou se ela era casada e que tentou abrir as nádegas dela em uma das consultas.

Na época do crime, o médico foi desligado da unidade de saúde, mas não perdeu o registro profissional. Hoje, ele tem um consultório particular em um shopping na Barra da Tijuca.

Mas esse não é o primeiro caso de abuso sexual que o médico é denunciado. Várias vítimas já prestaram queixas semelhantes. Porém, só um caso de 2016 o levou a julgamento.

Na época, ele foi condenado a quatro anos e seis meses de prisão pelo crime de violação sexual mediante fraude. Ele foi julgado porque se utilizou da consulta médica para abusar sexualmente da paciente.

Salim ficou preso um ano e dois meses e saiu da prisão em outubro de 2021.

A Polícia Civil esclareceu, em nota, que a investigação sobre o caso está em andamento na Deam (Delegacia de Atendimento à Mulher), no centro do Rio e que agentes realizam diligências para esclarecer os fatos.

O UOL entrou em contato com o médico, mas ele ainda não se pronunciou.

O que diz o Cremerj

O Cremerj (Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro) informou, em nota, que Salim Michel Yazeji foi julgado em janeiro de 2023 e recebeu a punição de censura pública, que é a terceira mais alta conforme a legislação vigente.

O conselho disse ainda que abriu sindicância para apurar o abuso cometido em novembro de 2022.

O pedido de interdição cautelar será apreciado no curso da sindicância, mediante a gravidade do caso. Todos os trâmites já estão sendo cumpridos, seguindo todos os ritos do Código de Processo Ético-Profissional."
Trecho de nota do Cremerj