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Padre que expulsou padrinho de batizado em SE pede desculpas: 'Me exaltei'

Do UOL, em São Paulo

05/05/2023 16h49Atualizada em 05/05/2023 17h22

O padre Rones Soares Buzaim pediu "perdão" após insinuar que um padrinho estava bêbado e expulsá-lo de um batizado em Sergipe. O caso foi registrado em vídeo e gerou comoção de fiéis nas redes sociais.

O que aconteceu:

Em carta aberta, Rones disse que em certo momento da cerimônia de batismo "os ânimos se exaltaram entre ele e um dos padrinhos".

O religioso afirmou que, diante dos fatos, precisaria se "retratar pelo erro cometido na condução do problema", complementando com o pedido de perdão. Moradores da região acusaram o padre, conhecido como Ronny", de constranger fiéis, em sua maioria, pessoas de baixo poder aquisitivo.

Rones estendeu o pedido de perdão à família da criança que seria batizada e, "pessoalmente, ao padrinho", definindo-os como os "principais afetados pelo ato".

Reconheço que me exaltei e acabei com extrapolar os limites do bom senso. Pelo meu erro cometido, reitero o meu pedido de perdão, confiante na Misericórdia de Deus, a fim de que possamos viver na Unidade do Corpo Místico de Jesus Cristo, que é a sua Igreja."
Padre Rones Soares Buzaim em nota

O bispo da Paróquia de Propriá, Dom Vítor Agnaldo de Menezes, informou em nota que atua para compreender o contexto do ocorrido, "com prudência e cautela que o caso exige", para tomar as providências canônicas pertinentes ao caso. O religioso não comunicou quais atitudes poderiam ser realizadas.

Entenda o caso:

O padrinho, Gleidson Alves, era tio da criança que seria batizada na paróquia de Propriá (SE) na quarta-feira (3).

O padre ficou irritado quando o homem foi questionado sobre nome completo da criança, consultou a esposa e demorou a responder, segundo familiares.

Ele não teria ouvido o que foi dito pelo padrinho e insinuou que o homem estava bêbado quando se recusou a batizar a menina.

Após desentendimento, o padre expulsou o padrinho e a menina não foi batizada.

Luana Santos, esposa de Gleidson e tia da menina que não foi batizada, disse que a Diocese de Propriá está ciente do caso, mas não tinha procurado a família até a manhã de hoje.