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Mulher que escavou túmulo do serial killer Lázaro diz que sonhava com ele

Túmulo de Lázaro Barbosa é violado em Goiás - Reprodução
Túmulo de Lázaro Barbosa é violado em Goiás Imagem: Reprodução
Wanderley Preite Sobrinho e Marina Sabino

Do UOL em São Paulo e em Brasília

27/05/2023 12h00

A Polícia Civil identificou o casal que escavou túmulo do serial killer Lázaro Barbosa. A suspeita alegou ter sonhos frequentes com Lázaro, o que a levou a cometer o crime. O túmulo foi revirado em março.

O que aconteceu

Os suspeitos escavaram o local no cemitério de Cocalzinho, de Goiás, no dia 15 de março. Foram identificados pela Polícia Civil de Goiás (PCGO). A informação foi dada em primeiro lugar pelo site Metrópoles e confirmada pelo UOL.

Segundo investigadores do caso, a adolescente estava delirando e disse estar sonhando frequentemente com Lázaro. Nos sonhos, ele ainda estava vivo e pedia para tirá-lo de lá.

A adolescente de 15 anos teria convencido o namorado de 21 a ajudá-la. A suspeita escavou a sepultura, mas não chegou a danificar o caixão ou restos mortais de Lázaro.

O crime foi denunciado pelo coveiro. Ele notou o túmulo revirado e avisou a administração do cemitério. A partir daí, a PCGO assumiu o caso.

O que diz a Polícia

A Polícia fez uma perícia no local e percebeu que o caixão não havia sido violado. O que havia sido quebrado e cavado era a parte externa da sepultura de Lázaro.

"Havia essa denúnica de que parte do corpo de Lázaro tinha sido furtado, em especial o crânio dele", diz Rafhael Neris, delegado responsável pela investigação.

A investigação rastreou os passos dos suspeitos até chegar ao casal, que mora em Sol Nascente, GO.

"Concluímos essa investigação, chegamos aos autores e ficou constatado que essa pessoa que violou o túmulo não estava em suas capacidades e razões mentais. Estava movida por delírios. Então não há como condená-la por ter cometido tal ato", diz o delegado.

Caso Lázaro

Após matar uma família na Ceilândia, DF, Lázaro ficou 20 dias foragido da polícia em 2021. O crime aconteceu em junho daquele ano, as vítimas tinham entre 48 e 15 anos. Na época, o criminoso já era investigado por mais de 30 crimes.

O caso mobilizou quase 300 agentes das forças de segurança. Participaram das buscas equipes das polícias Civil e Militar de Goiás e do Distrito Federal, da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal, da Diretoria Penitenciária de Operações Especiais (DF) e do Corpo de Bombeiros Militar (CBMGO)

O criminoso foi morto após uma troca de tiros com policiais militares. Ele levou 38 tiros.