Achado tapete que pode esclarecer morte de mulher no PR; marido está preso
Um tapete, uma CNH e um cartão de crédito encontrados em Quatro Barras (PR) pode ajudar a esclarecer a morte de Franciele Gusso Rigoni, encontrada morta dentro do próprio carro, em Colombo (PR).
O que aconteceu:
A Polícia Civil encontrou um tapete queimado durante diligências na manhã deste sábado, na Região Metropolitana de Curitiba. A suspeita é de que o item seria da casa da vítima.
Na casa de Franciele, a perícia identificou vestígios de sangue que haviam sido lavados no sofá, no chão, na parede e na cortina. Segundo uma testemunha, no chão onde foi encontrado vestígio de sangue, haveria um tapete, que não estava no local. Uma testemunha disse que o objeto teria sido enviado a uma lavanderia. Ele passará por perícia para confirmação.
Além do tapete, foram encontrados ainda a CNH e um cartão de crédito do marido dela, Adair José Lago, suspeito do crime. Ele foi preso ontem ao sair do cemitério em que a mulher foi enterrada. A defesa dele nega a autoria do crime.
O crime:
O corpo de Franciele foi encontrado no banco do passageiro de um carro abandonado na Avenida Papa Calixto 2º, no bairro Jardim Guarani, em Colombo, na tarde da última quarta-feira (31). A vítima tinha um ferimento, causado possivelmente por uma arma branca, na cabeça e estava de óculos escuros no momento em que foi achada.
O marido de Franciele compareceu ao local depois da chegada da polícia e disse que havia saído de casa com a esposa, que havia o deixado em um estabelecimento comercial e saído para ir ao supermercado. A família da vítima também a esperava para um encontro e chegou a ligar para o marido.
O delegado contou ao UOL que os policiais que encontraram o corpo notaram uma rigidez cadavérica, o que aponta que a morte pode ter corrido muito tempo antes de o corpo ser achado. O celular da vítima não foi localizado.
Imagens das câmeras de segurança da residência do casal, obtidas pela polícia, mostram o suspeito dirigindo o veículo com a esposa ao lado, com o banco reclinado e óculos escuros, "exatamente como foi encontrada no local do crime", disse o delegado.
A defesa do suspeito, representada pelo advogado Jefferson Nascimento Silva e Walid Nasser Chybior Zahra, disse que Adair declara ser inocente e não é o responsável pela morte de Franciele.
A princípio, o nosso cliente se declara inocente e assim ele deve ser tratado até que se tenha o deslinde total deste processo. Deixaremos suas contas e celulares à disposição da justiça. Agora vamos aguardar e acompanhar a busca e apreensão na sua residência. Acompanharemos todas as investigações e iremos atrás de provar que nosso cliente não foi o autor do delito."
Jefferson Nascimento Silva e Walid Nasser Chybior Zahra, advogados de Adair, ao UOL
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