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Polícia prende suspeito de matar enfermeira no RS; homem é primo da vítima

Priscila desapareceu no dia 19 de junho; ela morava em Dublin e havia chegado ao Brasil dias antes Imagem: Reprodução de Facebook

Colaboração para o UOL, em Salvador

13/07/2023 19h58Atualizada em 13/07/2023 20h18

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul prendeu hoje um homem de 30 anos, apontado como o principal suspeito de matar a enfermeira Priscila Leonardi, 40, e ocultar o corpo da mulher no município de Alegrete. Ele é primo da vítima.

O que aconteceu

O homem foi levado para a delegacia de Alegrete para prestar depoimento, e depois encaminhado ao presídio da cidade.

A motivação financeira é a principal linha de investigação da Polícia Civil. O crime teria relação com uma herança familiar que Priscila receberia em breve.

A polícia acredita na participação de outras pessoas no crime.

O caso

Priscila Leonardi, que morava na Irlanda, desapareceu após viajar até o Rio Grande do Sul. A enfermeira foi vista pela última vez no dia 19 de junho, em Alegrete (RS). O desaparecimento foi registrado na delegacia um dia depois.

No último dia 7, o corpo da vítima foi encontrado por um pescador no rio Ibirapuitã.

A enfermeira foi gravada por câmeras de segurança entrando em um veículo preto no dia do desaparecimento. As mensagens do celular dela foram visualizadas pela última vez às 23h do mesmo dia, segundo amigos.

Priscila morreu por estrangulamento, e o corpo dela tinha marcas de espancamento.

A brasileira, que morava em Dublin desde 2019, tinha chegado ao Brasil no dia 1º de junho, e desapareceu indo da casa de primos para a casa de outra parente, onde estava hospedada.

Família recebeu R$ 167 mil

Reportagem do jornal gaúcho Zero Hora revela que familiares de Priscila Leonardi foram beneficiários de cheques, cujos valores somaram R$ 167,7 mil. Esse dinheiro teria saído da conta de Ildo Leonardi, o falecido pai da vítima.

Nove das 12 transações bancárias, que somaram R$ 150 mil do montante transferido, foram efetuadas no dia 20 de abril de 2020, 14 dias antes da morte de Ildo por "falência de múltiplos órgãos", aos 74 anos.

Os favorecidos pelos cheques, segundo o jornal, foram uma prima da enfermeira - na casa de quem ela estava hospedada em Alegrete à época do desaparecimento - e a esposa de um primo, o último que a teria visto com vida.

A conta da qual os valores saíram, no Banrisul, tinha Ildo e Priscila como titulares. Pessoas que acompanharam os últimos passos da enfermeira no Rio Grande do Sul afirmam que ela só tomou conhecimento das transações dias antes de desaparecer, ao ser informada de detalhes da tramitação do processo do inventário da herança do pai.

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