Conteúdo publicado há 9 meses

Estudantes da PUC expulsam membros do MBL de campus: 'Fascistas'; veja

Alunos da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), do campus Perdizes, expulsaram dois coordenadores do MBL (Movimento Brasil Livre) que foram à unidade de ensino para entrevistar os estudantes.

O que aconteceu:

A coordenadora nacional do MBL, Amanda Vetiorazzo, e o coordenador do MBL Osasco, Arthur Scarance, teriam questionado os estudantes sobre temas como legalização das drogas e do aborto, além do porte de armas.

Os dois teriam se passado por jornalistas da TV oficial da PUC, o que foi negado pelo MBL. "A alegação dos agressores de que os líderes do MBL se passaram por funcionários da 'TV PUC' é falsa e as imagens registradas pelo movimento comprovam isso", diz trecho de nota enviada ao UOL.

Vídeos gravados por alunos mostram o momento em que um grupo de universitários reage à presença dos integrantes do MBL e os expulsa aos gritos de "recua, fascista, recua".

Os representantes do MBL reagem e enfrentam os universitários, mas são retirados do campus.

O que dizem os alunos

Em nota, o Movimento Estudantil da PUC-SP disse que o MBL abordou os alunos com "perguntas capciosas como 'o que você acha do aborto?' e reagindo de forma vexatória, envergonhando os jovens".

O Movimento Estudantil reforçou que, "com o objetivo de interromper a violação ao direito de imagem dos estudantes", foi pedido aos coordenadores do MBL que saíssem do campus, mas eles teriam reagido "aos gritos, alegando que seu direito à liberdade de expressão estava sendo violado".

Os alunos dizem que foram xingados de forma "violenta" pelos representantes do MBL, que os teriam xingado de "fascistas de vermelho" e "esquerdalha". Os universitários ressaltaram que essa é uma "estratégia coordenada pelo MBL" para entrar em universidades, gravar alunos e expô-los nas redes sociais, "submetendo-os ao ridículo".

Continua após a publicidade

Os representantes do Movimento Estudantil reiteraram que os alunos expostos pelo MBL "entrarão com medidas judiciais cabíveis pela exposição indevida de sua imagem". "Que fique o recado que fascistas não entrarão em nossa universidade e as lideranças estudantis estarão sempre ativas e alertas para garantir os direitos e a proteção dos estudantes. Não se cala a consciência de um povo!"

O que diz o MBL

Amanda Vettorazzo e Arthur Scarance alegaram que foram agredidos pelos estudantes.

"Neste momento acabo de ser expulso da PUC, que é onde me formei em Direito, por um bando de esquerdistas. Fui empurrado, agredido e xingado. Gravei tudo", disse Arthur nas redes.

"Acabo de ser agredida e expulsa da PUC aos cantos de 'recua, fascista'. Estou bem. Gravamos tudo", publicou Amanda.

Ao UOL, o MBL disse que "os porta-vozes do MBL, Amanda Vettorazzo e Arthur Scara, foram à PUC para entrevistar sobre a taxação da Shein e sobre a legalização da cannabis no STF. Não havia nenhuma intenção provocativa, seriam vídeos que mostram a opinião da população sobre as citadas pautas".

Um aluno reconheceu Vettorazzo por ser do MBL e começou a ser agressivo, com gritos de 'facista!'. Rapidamente houve aglomeração de aproximadamente 15 pessoas hostilizando os membros do movimento, chegando a deferir chutes e socos para expulsá-los da Universidade. A alegação dos agressores de que os líderes do MBL se passaram por funcionários da 'TV PUC' é falsa e as imagens registradas pelo movimento comprovam isso. Scara chegou a dizer que é ex-PUC, pois já estudou na instituição, mas em nenhum momento se disse funcionário da TV PUC.
MBL, em nota

Continua após a publicidade

O Movimento Brasil Livre não respondeu se havia solicitado autorização para realizar a gravação.

O que diz a PUC-SP

A reportagem também procurou a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Em resposta, a instituição disse que "não vai se manifestar sobre o ocorrido."

Deixe seu comentário

Só para assinantes