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'É possível que existam novas vítimas', diz Leite sobre tragédia no RS

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), durante coletiva de imprensa sobre o ciclone que atinge o estado Imagem: Reprodução/GloboNews

Do UOL, em São Paulo

05/09/2023 21h05Atualizada em 05/09/2023 21h42

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), afirmou na noite desta terça-feira (5) ser "possível" que existam novas vítimas do ciclone que atinge o estado. A tragédia já deixou ao menos 22 mortos, sendo 21 no Rio de Grande do Sul e um em Santa Catarina.

O que aconteceu:

Em coletiva de imprensa nesta noite, o governador explicou que outros corpos podem ser achados quando as águas baixarem nos municípios. Com isso, será possível entrar em áreas isoladas.

"A remoção dos corpos é complexa", declarou Leite, citando que algumas cidades, como Muçum, continuam debaixo d'água e isoladas por terra. Mesmo assim, o governador ressaltou que o IGP (Instituto-Geral de Perícias) do estado já está de prontidão para ajudar na identificação dos corpos das vítimas.

O governador também esclareceu que as aeronaves não podem ajudar na remoção dos corpos agora por estarem focadas no resgate das pessoas e também em levar pacientes de áreas alagadas para outras unidades de saúde.

Leite ainda lamentou as mortes ocorridas no estado e disse que solicitou que a secretaria estadual de Saúde disponibilize atendimento psicológico para os moradores das regiões mais afetadas, como o Vale do Taquari e Muçum.

O governador declarou que sentiu como se tivesse "levado um soco no peito" ao receber o levantamento sobre as outras 15 pessoas que morreram na tragédia e explicou que a gestão municipal está fazendo todo o esforço possível de resgate. Ele explicou que a comunicação está comprometida nas regiões alagadas em razão da falta de internet e de energia, o que dificulta até o recebimento de informações.

O número de mortos continua em 21 no Rio Grande do Sul, sendo esta a "maior tragédia" já registrada no estado, afirmou o governador. "Não tem sido um ano fácil, por questões das chuvas, mas o nosso povo tem sido resiliente e eu tenho certeza que estaremos unidos para superar essas adversidades", completou.

Entenda o caso:

Uma vistoria dos bombeiros no município de Muçum (RS) localizou 15 corpos hoje, aumentando o número de mortos do ciclone que atinge os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina desde a segunda-feira. No total são 22 mortes: 21 no RS e uma em SC.

Outras seis mortes já tinham sido confirmadas antes no Rio Grande do Sul. As informações são da Defesa Civil e também do governador do RS, Eduardo Leite.

O governador gaúcho disse que recebeu a notícia "com muita tristeza": "Causa imensa dor, já configurando o maior número de mortes de um evento climático no Rio Grande do Sul", afirmou Eduardo Leite em coletiva de imprensa.

Ao todo, mais de 52 mil pessoas foram diretamente afetadas pelo ciclone, sendo 1.650 desabrigados e 2.984 desalojados até a tarde desta terça-feira (5), segundo levantamento da Defesa Civil Estadual.

Já falei com ministros, com o ministro Waldez Góes, da Integração, o ministro Múcio, da Defesa, o ministro Pimenta, que é um ministro gaúcho no Governo Federal, para ter todo o apoio do Governo Federal.
Governador Eduardo Leite, nesta tarde

O que fazer durante tempestades?

O Inmet orienta que a população das áreas afetadas por tempestades desligue aparelhos elétricos, observe alteração nas encostas, permaneça em local abrigado, proteja seus pertences da água envoltos em sacos plásticos em caso de inundação e, por fim, busque mais informações junto à Defesa Civil (telefone 199) e ao Corpo de Bombeiros (telefone 193).

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