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Presos gravam 'chuva de drogas' em presídio de segurança máxima em MS; veja

Colaboração para o UOL, em São Paulo

15/09/2023 17h56

Um vídeo divulgado em redes sociais mostra uma "chuva de drogas" no pátio do Estabelecimento Penal de Segurança Máxima Jair Ferreira de Carvalho, no Jardim Noroeste, em Campo Grande (MS). Até o momento, não foi informado quando exatamente as imagens foram gravadas.

O que aconteceu:

No vídeo, é possível ver vários presos correndo para recolher os pacotes de drogas que são arremessados por cima do muro do presídio.

O preso que registra a "chuva de drogas" também narra a cena. "Tá caindo os pãos. Tá caindo. Tá caindo. Tá caindo lá no A e aqui desse lado. Olha o tanto aí", diz. Em outro momento, o homem alerta que um policial dispara um tiro: "A polícia atirou".

O vídeo passou a circular nas redes pouco tempo depois que dois policiais foram presos por suspeita de facilitarem a entrada de drogas na unidade prisional. Os agentes eram pagos para fazer "vista grossa" para as drogas arremessadas por cima do muro, segundo a Corregedoria da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul.

Em nota, a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) disse que, junto com a PM, tem atuado para coibir que drogas sejam arremessadas de fora para dentro do presídio. Ainda, o órgão alegou que essas cenas são facilitadas pela proximidade entre a cidade e a penitenciária.

A Agepen também informou que instalou telas de proteção com seis metros de altura entre a muralha e os solários de toda a unidade para impedir não apenas o arremesso de drogas, mas também de celulares.

Veja na íntegra a nota da Agepen:

Devido ao crescimento urbano e a falta de uma área de isolamento do Complexo Penitenciário do Jardim Noroeste no passado, quando foi construído, hoje está localizado de forma que possibilita o grande trânsito de pessoas nos arredores, o que facilita a estratégia de arremessos de ilícitos para dentro da unidade prisional.

A Agepen, em conjunto com a Polícia Militar, que atua na guarda das muralhas das penitenciárias do Complexo do Jardim Noroeste, têm buscado estratégias no sentido de identificar e coibir esses arremessos, com constantes interceptações de ilícitos arremessados, bem como a prisão de pessoas que utilizam desta prática.

Para dificultar os arremessos, telas de proteção de seis metros de altura foram instaladas entre a muralha e os solários no Estabelecimento Penal Jair Ferreira de Carvalho e a agência penitenciária também trabalha para possibilitar o telamento sobre os todos os pavilhões, como forma de enfrentamento ainda mais eficaz contra essa prática.

A unidade conta com sistemas de câmeras instalados em pontos estratégicos para contribuir com o trabalho de vigilância e identificação de envolvidos.

Além disso, regularmente são realizadas vistorias em celas e demais espaços para retirar ilícitos que possam ter chegado em poder dos detentos.

A Agepen atua com sua gerência de inteligência, trabalhando em conjunto com outros órgãos de investigação da Segurança Pública, auxiliando na antecipação de casos, bem como na identificação de criminosos.

Somado a isso, tem adotado uma série de medidas para coibir uso de celulares e outros ilícitos nos presídios de Mato Grosso do Sul, com instalação de equipamentos com tecnologia de ponta para vistorias na portaria das unidades como o raio x corporal para quem adentra e raio-x em esteira para inspeção de objetos.

A Agepen irá realizar as demais apurações necessárias.

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