Morte de médicos passa mensagem a turistas: 'Não vá ao Rio', diz Sakamoto
Colaboração para o UOL, em São Paulo
05/10/2023 19h51
O assassinato de três médicos em um quiosque na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro na madrugada desta quinta-feira (5) passa mensagem para que turistas não visitem o Rio de Janeiro, afirmou o colunista do UOL Leonardo Sakamoto durante o UOL News.
Sakamoto lembrou que o crime repercutiu em jornais da Europa, America Latina, Estados Unidos, principalmente por ter ocorrido em um ponto turístico da cidade.
Se a hipótese real for a de um equívoco, o Rio tá frito. O que acontece? A imagem que está passando para o mundo inteiro é: não vá para o Rio de Janeiro, você pode parecer com alguém que eles querem matar e você pode morrer.
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Sakamoto ainda comentou o fato de o local do crime já ter sido reaberto nesta quinta-feira, inclusive sendo frequentado por algumas pessoas.
O Rio de Janeiro não tem como fugir do caso, seja porque eram médicos, por execução politica ou pelo engano. Convenhamos, infelizmente, o RJ só confirma com a reabertura imediata do quiosque um status de um local em que a vida vale muito pouco.
Não basta repressão; segurança no Rio precisa de inteligência, diz Ivan Valente
O deputado federal Ivan Valente (PSO-SP) afirmou em entrevista ao UOL News que para resolver o problema de segurança pública no estado do Rio de Janeiro e no Brasil não basta a repressão, mas é necessário também fazer um plano de inteligência com a polícia.
A segurança publica no Brasil precisa principalmente disso, um plano que combate primeiro a miséria e a fome, que recrutam gente ao crime organizado, ou seja, o combate a desigualdade social. Além disso, precisa da politica de inteligência e integração para combater o crime dentro da própria polícia também, porque certamente sabemos que ha uma contaminação.
Ivan Valente afirmou que um crime como o ocorrido na Barra da Tijuca afasta empreendimentos e turismo do Rio de Janeiro. Ele ainda lembrou que assassinatos como esse ocorrem com frequência em algumas favelas cariocas, como a da Maré. Para ele, o assassinato tem a cara da milícia e da máfia.
Eles não vão matar um, eles vão fuzilar todos para ter certeza. Isso faz parte da politica de máfia e crime da pior espécie que é o que acontece no norte do México. Não podemos passar para a população que não é possível ter uma politica pública de segurança.
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