O que se sabe sobre assassinato de médicos no Rio
Do UOL, em São Paulo
06/10/2023 10h27
Três médicos foram assassinados ontem em um quiosque na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. A polícia investiga que os profissionais teriam sido mortos por engano. Quatro suspeitos de participação no crime foram encontrados mortos.
O que aconteceu
Quatro médicos foram atingidos por tiros enquanto estavam em um quiosque. Imagens de câmera de segurança mostram o momento em que os homens descem de um carro branco, correm em direção aos médicos e disparam contra eles.
Três deles morreram e um ficou ferido. Daniel Sonnewend Proença, único sobrevivente, está lúcido e respira sem a ajuda de aparelhos, segundo boletim médico.
Relacionadas
Qual a principal suspeita do crime
A principal linha de investigação é que o assassinato do médicos teria acontecido por engano. Um informante teria confundido Taillon Barbosa, acusado de integrar uma milícia, com o ortopedista Perseu Almeida.
Os suspeitos teriam ido ao "quiosque errado" para atirar contra as vítimas. Segundo reportagem do UOL, os criminosos tinham a informação que Taillon frequentava o "Quiosque do Naná, reduto da milícia da qual ele faz parte.
Quem matou os médicos
A suspeita é de que os médicos teriam sido assassinados por integrantes de uma milícia que se aproximou do Comando Vermelho.
Philip Motta Pereira, vulgo Lesk, e Ryan Nunes de Almeida estariam entre os suspeitos e foram encontrados mortos ontem dentro de um carro. Outros dois corpos foram localizados pela polícia, mas ainda não identificados. A investigação apura se a morte ocorreu a mando do Comando Vermelho.
Quem são os médicos
Diego Ralf Bomfim, de 35 anos, é irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP). Formado em medicina pela Universidade do Oeste Paulista, ele era especializado em traumatologia, em cirurgia do pé e tornozelo. Ele foi socorrido a um hospital, mas não resistiu.
Marcos de Andrade Corsato, 62 anos, era diretor do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Ele morreu no local do crime e faria aniversário na próxima semana.
Perseu Ribeiro Almeida, 33 anos, era formado em medicina pelo Instituto Mantenedor de Ensino Superior da Bahia e especializado em cirurgia do pé e tornozelo. Ele teria sido confundido com um miliciano.
Daniel Sonnewend Proença, 33, é especializado em cirurgia do tornozelo e do pé. Ele está internado em um hospital particular após ser atingido por ao menos três tiros. É o único sobrevivente.