Sobrevivente de ataque a tiros no Rio está lúcido e respira sem aparelhos
Daniel Sonnewend Proença, um dos quatro médicos alvos de um ataque a tiros nesta madrugada, está lúcido e respira sem a ajuda de aparelhos, segundo o boletim médico obtido pelo UOL. Daniel foi o único sobrevivente do ataque.
O que aconteceu:
O hospital Samaritano Barra, localizado na Barra da Tijuca, confirmou que o médico foi transferido para a unidade de saúde após ser encaminhado inicialmente para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, também na Barra.
O médico de 33 anos chegou ao hospital particular no início da noite de hoje.
O paciente "encontra-se lúcido, orientado e respira sem o auxílio de aparelhos", informou o boletim médico, divulgado às 19h desta quinta-feira (5).
Daniel Sonnewend Proença foi atingido por ao menos três tiros no ataque. Ele se especializou em cirurgia do tornozelo e do pé depois de se formar na FAMEMA (Faculdade de Medicina de Marília), no interior de São Paulo, em 2016.
Entenda o caso:
Marcos de Andrade Corsato, 62, Daniel Sonnewend Proença, 33, Diego Ralf de Souza Bomfim, 35, e Perseu Ribeiro Almeida, 33, foram alvos do ataque a tiros, ocorrido à 0h59 desta quinta-feira (5), na Avenida Lúcio Costa.
Imagens de câmera de segurança mostram o momento em que os criminosos descem de um carro branco, se aproximam das vítimas e atiram. Eles não roubam nenhum pertence e nenhum outro cliente do quiosque é ameaçado.
Marcos Corsato, Perseu Ribeiro Almeida e Diego Bomfim —este último irmão da deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP)— morreram na hora.
Os médicos chegaram a tirar uma foto, sorrindo, antes do crime.
Investigação
A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga se foi um crime planejado. A SSP (Secretaria da Segurança Pública) de São Paulo também enviou investigadores da Delegacia de Homicídio para acompanhar o caso e auxiliar na apuração.
O governador do Rio, Cláudio Castro, afirmou que o crime "não ficará impune". A PF (Polícia Federal) também apoia as investigações para identificar os criminosos.
Mais cedo, o ministro da Justiça, Flávio Dino, classificou o assassinato dos médicos como "execução" e ainda citou uma "hipótese" de relação do caso com a atuação de dois parlamentares federais, motivo pelo qual acionou a Polícia Federal para acompanhar as investigações.
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