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Passageiros só descobriram morte em voo da Azul no pouso: 'Usava oxigênio'

A mulher morreu após passar mal em um voo que partiu dos EUA com destino a Belo Horizonte Imagem: Divulgação/Azul

Simone Machado

Colaboração para o UOL, em São José do Rio Preto (SP)

09/11/2023 12h43Atualizada em 09/11/2023 16h02

Passageiros que estavam no voo da Azul que saiu dos Estados Unidos com destino ao Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, em que uma idosa de 91 anos morreu, só ficaram sabendo da morte da mulher quando a aeronave pousou no Brasil e todos foram impedidos de desembarcar.

O avião decolou de Fort Lauderdale, no estado norte-americano da Flórida, às 21h07 de segunda-feira (6) e chegou a Confins às 7h05 de terça-feira (7). A idosa teria passado mal logo após decolagem e, já com o óbito constatado, o corpo permaneceu no local por cerca de 10 horas até a chegada ao Brasil.

O dentista Cristiano de Abreu Thomas, de 45 anos, estava no mesmo voo e relata que teve contato com a idosa na sala de embarque.

"Ela estava em uma cadeira de rodas, usava um cilindro de oxigênio, era uma passageira bem idosa", recorda.

A mulher estava sentada na classe executiva e teria morrido ainda na primeira hora de voo. No entanto, os passageiros não foram informados sobre o que aconteceu.

Pediram no alto-falante se havia algum médico voluntário a bordo. Um casal se levantou e foi até a classe executiva. Depois vimos que as aeromoças passaram bem rápido no corredor, víamos algumas pessoas conversando, mas não sabíamos o que estava acontecendo.
Cristiano de Abreu Thomas

Ainda segundo o dentista, depois de alguns minutos a situação se acalmou e o jantar foi servido normalmente aos passageiros.

"Depois do jantar, eu dormi, acordei quando estava chegando em Belo Horizonte e tudo parecia estar normal. Quando pousamos, o comandante pediu para que todos os passageiros ficassem sentados porque o desembarque não estava autorizado", diz Thomas.

Foi nesse momento que eu soube o que tinha acontecido, mas não porque a tripulação nos avisou, mas porque os demais passageiros começaram a conversar entre si. A passageira que estava ao meu lado, era familiar do médico que se voluntariou e contou que a idosa havia falecido. A cortina da classe executiva estava fechada, não dava para ver nada.
Cristiano de Abreu Thomas

Após o pouso da aeronave, os passageiros permaneceram no avião por aproximadamente 40 minutos, para que a perícia fosse realizada.

O dentista afirma que não viu o momento em que o corpo da idosa foi retirado do local e se isso aconteceu antes ou depois do desembarque dos passageiros.

A idosa viajava acompanhada de um homem de 23 anos, namorado da neta dela. A neta, no entanto, não estava no voo. Os nomes deles não foram divulgados.

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