O que a polícia precisa saber do caso de PM que matou genro de Abdelmassih
A Polícia Civil ainda precisa ouvir testemunhas e aguardar o resultado de laudos técnicos para concluir a investigação do caso do PM de folga que matou por engano o genro do ex-médico Roger Abdelmassih, numa tentativa de assalto.
O que acontece
A Polícia Civil vai intimar para depor a viúva de Denis Roberto Piccoli Ramos, 35, morto por engano no último domingo (26). A filha de Roger Abdelmassih estava na garupa da moto quando o casal foi abordado por criminosos, ao entrar na garagem de um imóvel, no bairro do Morumbi, na zona oeste de São Paulo.
O vídeo da câmera de segurança mostrou o momento em que o casal é rendido por um dos criminosos, enquanto comparsas em outras duas motos acompanham a ação. Os três assaltantes foram baleados pelo policial. Ramos foi atingido por engano, no momento em que agredia um dos criminosos.
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O PM Tulio Cesar Alonso de Sousa, 30, foi indiciado sob acusação de homicídio culposo. Ele entregou a arma usada durante a ação, que será submetida à perícia. A Corregedoria da Polícia Militar também investiga o caso. A defesa dele não foi localizada para se manifestar.
A Polícia Civil também vai registrar o relato de Gabriel Soares Santos, 24 — assaltante baleado no braço. Ele estava desarmado. Os comparsas dele, Cauã Menezes de Souza, 20, e João Pedro Nascimento da Silva, 21, morreram no local.
Gabriel é o criminoso que aparece nas imagens sendo agredido pelo empresário. Após passar por cirurgia, ele foi transferido para um hospital prisional.
Os três assaltantes têm antecedentes por roubo e furto. A polícia investiga se eles fazem parte de alguma organização criminosa.
A Polícia Civil também aguarda a conclusão dos laudos necroscópico e do confronto balístico. Eles devem determinar a dinâmica do confronto entre o PM de folga e os criminosos.
O policial presenciou que o roubo iria acontecer e agiu corretamente ao evitá-lo. Mas ele errou na execução por ter confundido a vítima com um dos assaltantes.
Ivalda Aleixo, delegada da Polícia Civil de SP