Prefeitura de SP diz que não vai aumentar tarifa de ônibus

A Prefeitura de São Paulo afirmou hoje que não fará reajuste na tarifa dos ônibus municipais e que o valor de R$ 4,40 da passagem ficará congelado em 2024. Já trens e metrô vão subir para R$ 5 em janeiro.

O que aconteceu

A administração municipal disse manter "o empenho em incentivar o transporte coletivo". A decisão do congelamento, segundo a prefeitura, foi tomada após reunião na manhã de hoje com representantes da área de transportes do governo municipal e estadual.

"A prefeitura ressalta que não há qualquer impedimento técnico na gestão de tarifas distintas entre os serviços de ônibus, metrô e trens, como já ocorrera em anos anteriores", diz a nota. O valor da passagem está congelado desde 2020 —o prefeito Ricardo Nunes (MDB) deve concorrer à reeleição no próximo ano.

Já o governo do estado, sob o comando de Tarcísio de Freitas (Republicanos), vai aumentar as tarifas de trens e metrô em R$ 0,60 a partir do dia 1º de janeiro de 2024. Tarcísio já tinha dado sinalizado que defendia a necessidade de um aumento. Ele já havia afirmado o que a tarifa estava congelada "havia muito tempo" e que isso prejudicava a saúde financeira das companhias.

Sem reajuste, ônibus serão gratuitos aos domingos

Nesta semana, o prefeito da capital anunciou que os ônibus municipais terão tarifa zero aos domingos. A novidade começa no próximo fim de semana e também vai valer no Natal, no Ano-Novo e no aniversário da cidade de São Paulo, comemorado em 25 de janeiro.

Durante o anúncio, Nunes disse que ele e Tarcísio estavam "integrados" e que não havia decisão sobre o reajuste da tarifa. Já hoje pela manhã, o prefeito teria sido pego de surpresa com a informação do aumento da passagem pelo governo estadual.

A tarifa zero é uma das tentativas de Nunes para emplacar uma marca em sua gestão para campanha em 2024. Ele assumiu a administração municipal após a morte de Bruno Covas em 2021.

Com o Domingão Zero, como é chamado o programa, a prefeitura deve deixar de arrecadar R$ 280 milhões. A Câmara aprovou em primeira votação uma previsão de R$ 500 milhões para a medida em 2024 — Nunes ainda estuda implementar ônibus gratuitos na madrugada.

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