Buscas por helicóptero: É possível sobreviver na mata, diz tenente-coronel
Colaboração para o UOL, em São Paulo
05/01/2024 18h38
As buscas pelo helicóptero que desapareceu a caminho de Ilhabela, no litoral norte de São Paulo, entraram no 5º dia e há chances de sobrevivência no local, explicou o tenente-coronel Emanuel Garioli, do Esquadrão Pelicano da FAB, durante o UOL News da tarde desta sexta-feira (5).
O desafio dessa missão é, realmente, a parte meteorológica. Na área, não está muito boa a meteorologia, bem como a parte do relevo, que tem bastante morro e uma mata muito fechada. Esses são os desafios que estamos enfrentando nessa busca.
Estamos coletando informações não só na parte do controle de tráfego aéreo, como, também, estamos coletando informações de moradores próximos da região para que a gente consiga algum ponto diferente do que estamos voando para realizar as buscas.
Temos grandes chances de encontrar essa aeronave. Toda busca que participamos realmente tem que ter paciência, essa coleta de informações. Estamos aproveitando essas informações para encontrar o mais rápido possível. A busca pelo terreno, pela vegetação, não é fácil. É um desafio para nossa tripulação.
Existe possibilidade de sobrevivência no local, que é a Mata Atlântica. Não é um terreno tão hostil quanto outros no Brasil, mas há possibilidade de sobrevivência naquela área.
O que aconteceu
A FAB retomou na manhã de hoje as buscas pelo helicóptero que desapareceu com quatro pessoas. A área total de buscas é de cinco mil quilômetros quadrados.
As buscas estão prejudicadas pelas condições meteorológicas e pelo relevo montanhoso da região, informou a FAB. A operação já dura 32 horas.
O desaparecimento
O helicóptero modelo Robinson R44 desapareceu na véspera do Réveillon. Saiu do aeroporto Campo de Marte, em São Paulo, com destino a Ilhabela, no litoral paulista.
"É uma área de grande extensão, próxima de São Sebastião até quase chegar em Ubatuba", declarou o capitão Vitor Hugo, piloto do helicóptero águia da PM, em entrevista à GloboNews. "Recebemos alguns pontos, com coordenadas geográficas de GPS, da Força Aérea Brasileira. Seriam pontos em que aeronaves desapareciam do radar, não necessariamente a aeronave em questão."
Placa de metal foi encontrada, mas não era do helicóptero. "Por volta do meio-dia, recebemos um novo ponto, de possível avistamento de algum destroço, um objeto diferente na mata. Localizamos uma placa de metal que não era da aeronave", acrescentou o capitão Vitor Hugo.
Quem eram os ocupantes
Luciana Rodzewics;
Letícia Ayumi Rodzewics, filha de Luciana;
Raphael Torres, amigo de Luciana;
Cassiano Tete Teodoro, o piloto.
Helicóptero fez pouso de emergência
Helicóptero fez pouso de emergência antes de voar novamente e desaparecer. Mensagens às quais o UOL teve acesso mostram que Letícia enviou imagens e relatou a situação ao namorado. Ele questionou onde o helicóptero estava, ao que a jovem respondeu: "Sei lá, amor. Tô parada no meio do mato."
Letícia mandou mensagens ao namorado narrando a situação. "Tempo ruim. Não dá para passar. Pousamos no meio do mato", escreveu.
Após enviar fotos, Letícia ainda comentou que os ocupantes estavam tentando entrar em Ilhabela. "Estamos voltando", finalizou.
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