Radar de até 360 km, infravermelho: como são as buscas por helicóptero
As buscas pelo helicóptero desaparecido no litoral de São Paulo contabilizaram 32 horas de sobrevoo com aeronave da Força Aérea Brasileira, mais de 13 horas de sobrevoo com helicóptero Águia da PM e contam com equipes com mais de 20 homens trabalhando para encontrar a aeronave.
O que se sabe
A aeronave SC-105 Amazonas, do 2°/10° GAV (Segundo Esquadrão do Décimo Grupo de Aviação), também conhecido como Esquadrão Pelicano, finalizou o quarto dia de buscas ao helicóptero, de matrícula PR-HDB, que desapareceu com quatro pessoas no litoral de São Paulo (SP), no dia 31 de dezembro.
Até o momento, já foram cumpridas aproximadamente 32 horas de voo. Coordenadas pelo Salvaero Curitiba, as buscas têm sido prejudicadas pelas condições meteorológicas desfavoráveis e pelo relevo montanhoso na região. As condições na região são de muita nebulosidade, prejudicando a visibilidade durante as operações.
Mesmo assim, a FAB (Força Aérea Brasileira) informou ao UOL que as buscas foram realizadas também ontem (4), dando continuidade ao trabalho que acontece desde a segunda-feira (01/01). A área total de buscas é de cinco mil quilômetros quadrados. O helicóptero ainda não foi localizado.
Fazem parte do Esquadrão Pelicano 15 pessoas, tripulantes do SC-105 Amazonas. A aeronave possui um radar capaz de realizar buscas sobre terra ou mar, com alcance de até 360 quilômetros. Um sistema de comunicação via satélite também permite o contato com outras aeronaves ou centros de coordenação de salvamento (Salvaero), mesmo em voos a baixa altitude.
A aeronave ainda conta com um sistema eletro-óptico de busca por imagem e por espectro infravermelho. Isso permite realizar buscas pelo calor, permitindo detectar, por exemplo, uma aeronave encoberta pela vegetação ou uma pessoa no mar.
Cruzamento de informações
A PM (Polícia Militar) do Estado de São Paulo, através do Corpo de Bombeiros, do Comando de Aviação e dos seus Centros de Operações (COPOM - 190 e COBOM - 193) está prestando apoio à Força Aérea Brasileira nas buscas ao helicóptero.
Informações fornecidas aos Centros de Operações, sobre possíveis avistamentos do helicóptero em voo a baixa altura ou ainda sobre ruído do helicóptero em voo, estão sendo coletadas e retransmitidas ao Comando de Aviação e ao Corpo de Bombeiros, que mapeiam as informações.
Os dados estão sendo cruzados com informações veiculadas por familiares, recebidas por mensagens, possibilitando o aprimoramento do roteiro das buscas aéreas. Informações de locais pontuais, sem acesso da aeronave pela meteorologia ruim, já foram, também, verificados pelo Corpo de Bombeiros por via terrestre.
O Comando de Aviação da corporação contabilizou, até o momento, 13 horas e 46 minutos de voos do helicóptero Águia nas operações de busca. No dia 1°, foram cinco horas de voo pela região de Paraibuna, Natividade da Serra e Serra do Mar de Caraguatatuba
No dia 2, o helicóptero da PM sobrevoou, durante quatro horas, a região de Paraibuna e Natividade da Serra. No dia 3, foram quatro horas e 46 minutos sobre Redenção da Serra, Natividade da Serra, Paraibuna e São Luiz do Paraitinga. Ontem, o Águia voou durante sete horas e 30 minutos sobre essa mesma região.
Nos voos são empregados cinco policiais militares (entre pilotos e tripulantes), com roteiro de voo definido todas as manhãs. Nas operações de busca, o helicóptero voa a baixas altitudes e velocidade reduzida, para a equipe poder observar a mata em busca da aeronave desaparecida.
Segundo a PM, o Seripa 4 (Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) será incumbido das investigações sobre o acidente.
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Quero receberO Comando de Aviação da Polícia Militar do Estado de São Paulo, não emite nenhuma suposição, julgamento sobre decisões do piloto desaparecido ou opiniões especulativas sobre a ocorrência, se apoiando apenas em informações factuais e com foco nas buscas.
Polícia Militar de São Paulo, em nota
O helicóptero modelo Robinson R44 desapareceu na véspera do Réveillon. A aeronave partiu do aeroporto Campo de Marte, em São Paulo, com destino a Ilhabela, no litoral paulista.
Quatro pessoas estavam a bordo do aparelho: Luciana Rodzewics e a filha, Letícia Ayumi Rodzewics; um amigo de Luciana, identificado como Raphael Torres; além de Cassiano Tete Teodoro, o piloto.
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