Hospital inundado e barco na rua: as cenas da chuva que arrasou o Rio
Do UOL*, em São Paulo
15/01/2024 15h30
As fortes chuvas que atingiram o Rio e a Baixada Fluminense neste domingo (14) deixaram pelo menos 12 mortos e um cenário de destruição, com alagamentos de vias e diferentes áreas.
O que aconteceu
Chuva registrada no domingo (14) no Rio é a maior em série histórica medida desde 1997 pelo Sistema Alerta Rio. Segundo a estação meteorológica Anchieta, houve um acumulado de 269,2 milímetros de chuva num período de 24 horas.
Em apenas um dia, choveu 138,4% da média do mês janeiro. O acumulado de chuva do domingo foi aproximadamente 40% maior do que a média histórica para o mês.
Pelo menos 12 pessoas morreram, segundo relatos do Corpo de Bombeiros da cidade. A maioria dos óbitos tem relação com descarga elétrica e soterramento causado por deslizamentos de terra.
A zona norte foi a região mais afetada do Rio de Janeiro. Houve relatos de alagamento no hospital Ronaldo Gazolla, em Acari, além de queda de energia, que só foi restabelecida na manhã desta segunda-feira (15).
A avenida Brasil foi interditada por causa de alagamentos, assim como as estações de metrô Pavuna, Engenheiro Rubens Paiva, Acari/Fazenda Botafogo e Coelho Neto durante o domingo.
113 resgates foram feitos por agentes usando botes, e 51 veículos alagados foram removidos, segundo informações da Prefeitura do Rio de Janeiro, com atuação das equipes da Seops (Secretaria de Ordem Pública) e da GM-Rio (Guarda Municipal).
Túneis Zuzu Angel e Acústico Rafael Mascarenhas serão fechados nesta segunda-feira para manutenção das galerias. O serviço está previsto para ocorrer entre a noite e madrugada (entre 22h30 às 5h30), no sentido São Conrado. A opção de desfio, segundo a CET-Rio, é a avenida Niemeyer.
Niterói e cidades da Baixada Fluminense (como Nilópolis, São João de Meriti e Mesquita) também foram fortemente atingidas pelas chuvas. Segundo o prefeito de Niterói, no domingo choveu mais de 120 mm, essa é maior quantidade já registrada desde 2013, quando foram instalados pluviômetros. Duque de Caxias está há mais de 24 horas debaixo d'água.
*Com informações do Estadão Conteúdo