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'Não tirem a vida deles', pede mãe de fugitivo de presídio de Mossoró; veja

Do UOL, em São Paulo

19/02/2024 11h49

A mãe de um dos fugitivos do presídio de Mossoró (RN) fez um apelo às autoridades em vídeo, pedindo que eles não sejam mortos. Agentes participam do sexto dia das buscas após a primeira fuga de detentos de um presídio de segurança máxima.

O que aconteceu

Mãe pede que fugitivos sejam capturados com vida. Nelita Nogueira da Silva, mãe de Rogério Mendonça da Silva, pediu aos agentes que façam a recaptura para que os detentos possam voltar à prisão e cumpram as suas penas. Ontem, Maria Auxiliadora Nascimento Vieira, mãe de Deibson Cabral Nascimento, o outro fugitivo, disse ao UOL temer que o filho fosse morto nas buscas.

Família está sem informações sobre o detento há cinco meses, desde a transferência para presídio federal, diz mãe. Rogério e Deibson foram transferidos para o presídio federal de Mossoró (RN) em setembro de 2023 a pedido do MP do Acre, acusados de participar de uma rebelião com cinco mortos na penitenciária Antônio Amaro Alves, em Rio Branco (AC).

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Mãe diz que detentos não são violentos. Nelita também direciona uma mensagem à população da zona rural de Mossoró. "Peço à população que não fique com medo, porque eles não são bandidos perigosos de estar fazendo mal às pessoas". Uma família diz ter sido feito refém durante a fuga, e os relatos às autoridades indicam que não houve violência. Contudo, Rogério e Deibson são apontados pelo MP do Acre como "matadores do Comando Vermelho do Acre".

Quero que eles sejam resgatados e voltem de novo para a prisão para que cumpram pena. Peço às autoridades que tragam o meu filho com vida, que não tirem a vida deles. Colocaram atiradores de elite. Faço esse apelo: não matem. É o apelo de uma mãe.
Nelita Nogueira da Silva, mãe de Rogério

Rogério da Silva Mendonça (esq) e Deibson Cabral Nascimento (dir) fugiram do presídio federal de Mossoró (RN) Imagem: Arte UOL

O que se sabe sobre o caso

Rogério e Deibson lideram o núcleo operacional do CV no Acre, responsável por assassinatos e execuções de crimes. A informação é do Gaeco (Grupo de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público do Acre.

Essa foi a primeira fuga em um presídio de segurança máxima no país. Segundo o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, houve falha em uma série de protocolos.

Comunidade Rancho da Caça, em Mossoró, ocupada por policiais Imagem: Alcivan Villar/Fim da Linha

Uma camiseta de uniforme de presídio foi encontrada na sexta à tarde (16) em região de mata. A peça foi localizada na zona rural de Mossoró e pode ter sido usada por um dos detentos que fugiu do presídio.

À noite, os fugitivos fizeram uma família refém, segundo informações de investigadores. A dupla teria feito ligações para o Rio de Janeiro com um dos dois aparelhos levados das vítimas e se alimentado no local.

Imagem mostra buraco em parede de unidade prisional por onde teriam saído fugitivos Imagem: Divulgação / Ministério da Justiça

O trabalho de buscas está concentrado em um perímetro de 15 km no entorno do presídio. Participam policiais federais, policiais rodoviários federais, policiais civis e policiais militares. Há ainda agentes da Polícia Penal Federal e da Polícia Penal do Rio Grande do Norte, que atuam com os grupos de operações especiais e de cães.

Detentos abriram um buraco no local em que estava instalada a luminária. As celas onde eles estavam passam por perícia. Pertences dos dois, como lençóis e objetos pessoais, também são examinados.

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