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Homem executado em SC era ameaçado após trocar de facção criminosa no AM

Marcos Gama, 45, era conhecido como 'Marcola' Imagem: Divulgação/SSP-AM; Reprodução/Redes sociais

Do UOL, em São Paulo

04/03/2024 22h05Atualizada em 04/03/2024 22h48

O homem executado em frente a uma creche na manhã desta segunda-feira (4), em Indaial (SC), era procurado pela polícia do Amazonas e teria sido ameaçado de morte por rivais após trocar de facção criminosa. Uma mulher e uma criança também foram baleadas.

O que aconteceu

Marcos Gama Barroso, 45, teria vínculo com uma organização criminosa. O nome do grupo criminoso do qual ele fazia parte atualmente não foi divulgado pela polícia.

O homem, que era conhecido como "Marcola", tinha um mandado de prisão em aberto no Amazonas. O mandado era pelo crime de homicídio qualificado. Marcola foi condenado a 16 anos e 11 meses, em regime fechado, apurou a reportagem. Ele era considerado foragido da justiça desde a expedição da ordem judicial, informou a Polícia Civil do Amazonas ao UOL.

Ele vinha sendo ameaçado de morte após trocar de facção. Informações preliminares indicam que as ameaças ocorriam "há algum tempo", segundo a Polícia Civil de Santa Catarina, e vinha ocorrendo em razão da troca de facção por Marcos ter desagrado o grupo rival. Desde a mudança, o homem vinha sendo perseguido.

Polícia Civil diz que Marcos tentava "despistar" os membros da facção rival. Após as ameaças, o homem se mudou para Santa Catarina com a esposa e o filho, e vinha residindo em várias cidades do estado nos últimos anos. Informações iniciais indicam que os suspeitos de envolvimento no crime, que foram presos em São Paulo ainda nesta segunda, são do CV (Comando Vermelho).

SSP-AM divulgou imagem de Marcos como foragido da Justiça. Em maio de 2022, a SSP-AM (Secretaria de Segurança Pública do Amazonas) compartilhou a imagem do homem com outros cinco membros de facções criminosas que tinham mandado de prisão em aberto e eram foragidos. O cartaz informava que Marcos Gama, vulgo "Marcola", tinha mandado de prisão em aberto e era membro de facção criminosa. A pasta solicitou que a população denunciasse o paradeiro dos homens através do disque-denúncia.

Entenda o caso

A vítima foi executada com 16 tiros após deixar a filha na Unidade de Ensino Infantil Hilário Buzzarello, no bairro Tapajós. A esposa dele também estava na cena do crime, mas não foi atingida, informou a Prefeitura de Indaial.

Uma mãe e uma criança que passavam pelo local ficaram feridas no momento do atentado. A mulher foi baleada na perna e a criança foi atingida de raspão por estilhaços. Eles foram socorridos para um hospital municipal e não correm risco de morte. As duas não tinham relação com o homem executado.

Câmeras de segurança gravaram o momento da execução. Nas imagens, é possível ver que um carro para na frente do veículo da vítima. Dois homens descem e disparam contra a vítima.

A Polícia Civil informou que foi feito exame do local de crime e foram ouvidas testemunhas na delegacia. O veículo utilizado pelos criminosos já foi recuperado e será periciado nas próximas horas.

As aulas foram mantidas na creche. Uma equipe de psicólogos foi disponibilizada para aqueles que desejaram atendimento. De acordo com a Polícia Civil de Santa Catarina, apesar de o fato ter ocorrido nas proximidades de uma creche, não há tem nenhuma correlação do atentado com a instituição de ensino.

Dois homens foram detidos em Registro (SP) e os outros dois em Itapecerica da Serra (SP). A dupla presa em Registro foi abordada no quilômetro 446 da BR-116, por volta das 14h10, e estavam indo para o Rio de Janeiro. Eles estavam em um carro alugado. Um deles já tinha um mandado de prisão por homicídio. As informações são da Polícia Rodoviária Federal de São Paulo.

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