Conteúdo publicado há 3 meses

Tenente condenado pela morte da juíza Patrícia Acioli é expulso da PM do RJ

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), demitiu da Polícia Militar do estado o tenente Daniel Santos Benitez Lopes, um dos onze agentes condenados pelo assassinato da juíza Patrícia Acioli, em 2011.

O que aconteceu

Decisão foi publicada hoje no Diário Oficial, quase treze anos após o crime, que aconteceu em 12 de agosto de 2011.

Tenente é o último dos condenados a ser demitido da PM. Os nove praças envolvidos no crime foram excluídos em 2014, e o tenente-coronel Cláudio Luiz Silva Oliveira, em 2020.

O processo de expulsão de oficiais é diferente dos de patente mais baixa, que não depende de decisão judicial. Para demitir um tenente, como nesse caso, é necessário trânsito em julgado —quando não há mais possibilidade de recurso— e a confirmação pelo governador.

Em 2013, Benitez Lopes foi condenado a 36 anos de reclusão, por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, assegurar a impunidade de outros crimes e emboscada) e por formação de quadrilha. Ele foi apontado como um dos mandantes, mas nega participação no crime.

Juíza combatia milícias

Patrícia Acioli morreu aos 47 anos, em uma emboscada ao chegar em casa, em Niterói (RJ). Ela levou 21 tiros de armas de uso restrito das forças de segurança.

Ela havia assinado pedidos de prisão de dois policiais militares, que a seguiram e a mataram na mesma noite. Os agentes faziam parte de uma milícia acusada de ter forjado autos de resistência —como são chamadas as mortes em ações policiais em legítima defesa— para encobrir execuções, segundo o TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro).

Magistrada era conhecida pelo combate às milícias no Rio. Nos dez anos anteriores, ela foi responsável pela prisão de pelo menos 60 policiais ligados a grupos paramilitares e de extermínio.

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