Conteúdo publicado há 1 mês

Foragido, mentor da 'Barbárie de Queimadas' é preso no Rio de Janeiro

Foragido desde 2020, o mentor da chamada barbárie de Queimadas, que acabou com duas mulheres mortas em 2012 na cidade do interior da Paraíba, foi preso hoje.

O que aconteceu

Suspeito foi encontrado em Rio das Ostras. Eduardo dos Santos Pereira estava escondido no Rio de Janeiro.

Ele era considerado o criminoso mais procurado da Paraíba. Polícias do estado trabalharam em conjunto com a Polícia Civil do Rio de Janeiro na operação. A prisão foi feita por policiais da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima do RJ e Delegacia de Repressão ao Crime Organizado da PB.

Criminoso será levado à Paraíba. O pedido de transferência já foi solicitado e a Polícia Civil aguarda autorização judicial.

"Um dos crimes mais bárbaros da história recente", diz delegado

Eduardo usava uma identidade falsa. A polícia afirmou que ele tinha um documento de um homem mais velho.

A maior dificuldade da investigação foi determinar se o criminoso estava vivo e, se sim, em qual estado se escondeu. Em uma coletiva de imprensa, André Rabelo, delegado-geral da Polícia Civil da Paraíba, disse que Eduardo dos Santos Pereira cometeu "vacilos", o que permitiu a sua identificação.

Familiares e um grupo criminoso do Rio ajudavam Eduardo a se manter. Ele não exercia nenhuma atividade e evitava sair da casa, para onde se mudou há aproximadamente seis meses, afirmou Rabelo. "Esse apoio da família, com o passar do tempo, foi o que se manteve. Isso nos facilitou com algumas informações".

Ele praticou no nosso estado um dos crimes mais violentos, mais bárbaros da história recente do nosso estado. Fugiu do nosso estado, voltou para o local de origem tentando evitar de todas as formas ser preso.
André Rabelo, delegado-geral da Polícia Civil da Paraíba

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Relembre caso

Cinco mulheres foram vítimas de estupro coletivo em uma festa de aniversário em Queimadas (PB). O caso foi registrado na madrugada de 12 de fevereiro de 2012.

Izabella Pajuçara e Michelle Domingos, duas das vítimas dos estupradores, foram encontradas mortas. Elas foram executadas a tiros após identificarem os suspeitos, segundo a polícia.

Crime planejado por "amigos". Após investigações, policiais descobriram que os irmãos Luciano e Eduardo dos Santos Pereira planejaram abusar das convidadas da festa para a comemoração de aniversário de Luciano. Para isso, eles chamaram mais cinco homens e três adolescentes.

Assalto forjado para render as vítimas. O grupo rendeu as mulheres e outros dois homens que não estavam entre os agressores. As esposas de Eduardo e Luciano não foram violentadas.

Fuga de prisão de segurança máxima. Eduardo foi preso pelo crime e condenado a 108 anos de prisão, em 2014, mas fugiu de uma penitenciária de segurança máxima em João Pessoa, em novembro de 2020.

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