Polícia indicia PM que matou vendedor em briga de trânsito em Ceilândia

A Polícia Civil do DF indiciou o policial militar Bruno Correa pela morte do promotor de vendas Cledson de Caldas Souza, em Celiândia (DF), no final do ano passado.
O que aconteceu
O cabo Bruno Correa da Hora Fernandes, da PM-DF, foi apontado como culpado pela morte de Cledson Caldas, em 31 de dezembro de 2023. Segundo concluiu a polícia na última quinta (4), o PM de folga matou Cledson com dois tiros, durante uma briga no trânsito. Ele tentou atrapalhar as investigações com a ajuda de três testemunhas.
Correa não chegou a ser preso. Após o crime, ele se apresentou à polícia, entregou a arma e afirmou que atirou após ter sido ameaçado pela vítima, versão que a polícia descarta. Cledson, 44, deixou uma filha de 11 anos.
O resultado das investigações foi entregue ao Ministério Público, que decidirá se denuncia o policial ou não. Se acusados, Correa e as testemunhas que teriam dado falso testemunho responderão pelos crimes no Tribunal do Júri em Ceilândia.
O policial foi indiciado, mas segue em liberdade. Em nota, a família do promotor de vendas pede que o cabo da PM seja preso, já que a polícia concluiu que a tese de legítima defesa era falsa e que ele tentou adulterar as investigações.
A defesa de Bruno Correa sustenta que houve legítima defesa. A advogada Patricia Prado Tomaz, que defende o policial, afirma em nota que os fatos "serão devidamente esclarecidos no decorrer da ação processual", mas que "sem dúvida nenhuma" o que ocorreu não foi crime, e sim legítima defesa.
Cledson era um homem íntegro, que irradiava alegria para sua família e amigos (...) A justiça deve ser ágil e efetiva para garantir que a tragédia de Cledson não seja em vão e para assegurar que a comunidade obtenha o devido fechamento deste caso tão doloroso
Nota da família de Cledson Caldas, morto em 31 de dezembro de 2023
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