Cajamar exonera cúpula da segurança pública após sumiço de 26 armas da GCM

O prefeito de Cajamar, Danilo Joan, exonerou hoje (12) a alta cúpula da Secretaria de Segurança Pública da cidade e destituiu todos os responsáveis pelo comando da Guarda Civil Municipal após o desaparecimento de 26 armas da Guarda Civil da cidade.

O que aconteceu

As demissões vieram em resposta ao sumiço de pistolas e revólveres registrado na última terça-feira (9). A Polícia Civil investiga o caso, registrado como perda/extravio.

Secretário e comandante exonerados. Edmilson José Padovani, então secretário municipal de Segurança e Defesa Social da cidade e Cássio Gonçalves, que atuava como comandante da Guarda Civil Municipal, foram destituídos dos cargos.

Alta cúpula destituída. Além do chefe da pasta e do comandante da GCM, o secretário adjunto de Segurança Pública, Jurandi do Carmo Silva e o inspetor da Guarda, Ederson Inácio, perderam seus cargos. O gestor do Programa da Secretaria de Segurança e Defesa social, Marcelo Lima, também foi demitido.

Agentes afastados. Ontem (11) já havia afastado administrativamente quatro agentes que tinham acesso ao arsenal. Além da Polícia Civil, a Corregedoria da Guarda Municipal também instaurou procedimento para apurar o ocorrido.

A Prefeitura Municipal de Cajamar chamou de "lamentável" e "inaceitável" o sumiço das armas. "O desaparecimento dessas armas é um assunto sério e inaceitável, que demanda uma ação rápida e eficaz para garantir a segurança e a confiança da população. A Prefeitura está empenhado em conduzir uma investigação completa e transparente para esclarecer os fatos e responsabilidades", disse a prefeitura em nota oficial.

Para a nova gestão da secretaria e GCM, três nomes foram anunciados. Antônio Braz assume como secretário de Segurança e Defesa Municipal, enquanto Reinaldo Gomes vai ocupar o cargo de secretário adjunto, que faz a supervisão da pasta. Já Aguimar Pereira da Silva vai assumir como comandante interino da Guarda Municipal.

Antônio Braz é bacharel em Direito e comandou a Guarda Municipal de Cajamar por 20 anos. Reinaldo Gomes também já atuou na GCM.

Entenda o caso

O sumiço do material bélico foi notado no dia 22 de março, mas a ocorrência só foi registrada na última terça (9). "A avaliação da natureza do extravio inicial demandou uma minuciosa conferência de todo o arsenal, incluindo munições de todos os calibres em uso e já utilizados pela instituição. Esse procedimento levou ao lapso da comunicação imediata à Polícia Civil sobre o ocorrido", disse a Prefeitura, em nota.

Continua após a publicidade

Só guardas tinham acesso às armas. A Polícia Civil descarta a possibilidade de que as armas possam ter sido subtraídas por pessoas de fora da sede da GCM, já que há sempre agentes na entrada principal. Também não foi constatado sinal de arrombamento.

Prefeitura de Cajamar analisa câmera de monitoramento. As imagens captadas por uma câmera em frente à sede da GCM estão sendo analisadas em sindicância instaurada pelo poder público. Não há câmeras instaladas no local onde as armas ficavam guardadas.

Ainda de acordo com o órgão, o arsenal não estava sendo utilizado. Segundo a Corregedoria, os revólveres e as pistolas, que eram de um modelo mais antigo, seriam levados para manutenção. Posteriormente, seriam doados ou destruídos.

Deixe seu comentário

Só para assinantes