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Alerta e Super Tucano: como foi ação da FAB que 'pegou' avião com cocaína

A FAB interceptou uma aeronave que ingressou no espaço aéreo brasileiro vinda do Paraguai Imagem: Reprodução / Instagram / FAB

Colaboração para o UOL

13/04/2024 04h00

Um vídeo publicado nas redes sociais da FAB (Força Aérea Brasileira) mostra os bastidores da interceptação de uma aeronave em Londrina (PR) nesta semana. O piloto, que transportava pasta base de cocaína, foi preso pela PF (Polícia Federal).

Como foi ação da FAB?

Uma aeronave de modelo Cessna 182, matrícula PT-CPR, ingressou no espaço aéreo brasileiro vinda do Paraguai. Sem plano de voo, o avião chamou a atenção das autoridades e passou a ser monitorado pelo Comando de Operações Aéreas e pela Polícia Federal.

Duas aeronaves de defesa aérea A-29 Super Tucano e o avião radar E-99 foram empregados na missão. A FAB compartilhou nas redes sociais um vídeo do momento exato em que os militares são acionados e se preparam para a operação — tudo começa com um aviso sonoro que indica que um dos aviões da frota partirá em missão.

Embora não atinja velocidades supersônicas como alguns caças, o A-29 Super Tucano se diferencia justamente por ser uma aeronave leve de ataque. Além de mísseis e metralhadoras, o avião consegue carregar bombas e equipamentos a laser para reconhecimento e marcação de alvos. Com 11,38 metros de comprimento, a aeronave pesa 5.400 kg e pode atingir a velocidade máxima de 593 km/h.

Já o E-99 é usado em operações de controle e defesa do espaço aéreo nacional para monitorar ameaças em tempo real. A aeronave tem 29,9 metros de comprimento, pesa 24 toneladas e pode chegar à velocidade máxima de 955 km/h.

Inicialmente, seguindo o protocolo desse tipo de missão, é feito um RAD (Reconhecimento à Distância), quando o piloto da aeronave interceptadora capta informações básicas e imagens para a regularização do alvo. Caso necessário, é realizado um procedimento de interrogação, via rádio ou sinais visuais. Posteriormente, pode ser determinada uma mudança de rota ou um pouso forçado.

Então, com a missão em andamento, a aeronave vinda do Paraguai foi classificada como suspeita. Seguindo os protocolos das Medidas de Policiamento do Espaço Aéreo, os pilotos de defesa aérea identificaram, ainda em voo, que o avião suspeito estava com a matrícula clonada.

Então, o piloto do A-29 determinou que a aeronave fizesse um pouso obrigatório em Londrina — o que não foi cumprido. O avião suspeito fez um pouso forçado em uma pista de terra nas proximidades de Santa Cruz do Rio Pardo (SP).

Depois disso, a PF assumiu o controle da operação em solo. O piloto foi detido e a carga que transportava apreendida. Segundo o jornal O Globo, o avião carregava 400 kg de cocaína.

Tiro de Aviso. Caso a aeronave suspeita descumprisse as determinações da FAB, as medidas seguintes seriam de intervenção. Ou seja, ela seria submetida ao Tiro de Aviso, a fim de que fossem cumpridas as ordens.

A ação desta semana faz parte da Operação Ostium, ligada ao Programa de Proteção Integrada de Fronteiras. O objetivo é coibir crimes no espaço aéreo brasileiro, em uma operação conjunta entre a FAB e órgão de segurança pública.

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