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Laudo e fotos apontam que fugitivo de Mossoró tinha lesões após prisão

Rogério da Silva Mendonça teve lesões indicadas em laudo Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

17/04/2024 11h45

Rogério da Silva Mendonça, recapturado com Deibson Cabral Nascimento no dia 4 deste mês em Marabá (PA) — após 50 dias de buscas —, tinha lesões pelo corpo após a prisão, indica o exame do IML obtido pelo UOL.

O que aconteceu

Laudo de perícia criminal constatou que Rogério sofreu lesões de natureza leve. O documento foi elaborado em 9 de abril, cinco dias após a recaptura.

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Fotos em exame do IML indicam ferimentos no nariz, tórax, antebraço direito e joelho esquerdo. As imagens mostram os hematomas causados pelas lesões, também descritos no laudo.

Exames do IML indicam lesões no corpo de Rogério da Silva Mendonça, um dos fugitivos de Mossoró, após recaptura Imagem: Reprodução/Arte UOL

No dia anterior à elaboração do laudo, a defesa de Rogério havia solicitado o exame para verificar se ele havia sofrido agressões relatadas pelo próprio interno. Na ocasião, em audiência ocorrida no presídio federal de Mossoró (RN), ele havia relatado agressões de policiais penais após retornar à penitenciária.

Fugitivo também disse ter sofrido um pisão na cabeça e chutes nas costas quando foi recapturado. A advogada Flávia Fróes, que representa Rogério e Deibson, disse que irá denunciar a ação por abuso de autoridade e lesão corporal. "O Rogério falou que foi agredido quando estava rendido e desarmado. Ele contou que um agente da PF colocou o pé na cabeça dele, o deixando com o rosto no asfalto quente", disse a defensora.

Equimoses [manchas causadas por ferimentos] no antebraço direito e no hipocôndrio esquerdo [região entre a cintura e o tórax]. Escoriação em região nasal em fase cicatricial [expressão usada para dizer que o ferimento estava em fase de cicatrização]. Escoriação em joelho esquerdo com fundo hemático [para se referir aos hematomas].
Trecho do exame do IML

O que se sabe sobre o caso

Fugitivos do presídio federal de Mossoró foram recapturados a 1.600 km do local da fuga. Eles foram detidos em uma ação em conjunto entre a PF e a PRF. Os dois estavam em um comboio formado por três veículos com outros quatro comparsas, também presos.

No dia da prisão, os agentes apreenderam um fuzil encontrado embaixo do banco do carona no veículo que levava Rogério. Com a ajuda de um cão farejador, a PF encontrou outro fuzil escondido em um dos veículos usados na fuga.

A fuga da dupla foi a primeira registrada em um presídio federal de segurança máxima no país. Rogério e Deibson abriram a parede e escaparam da cela por área próxima da luminária. Em seguida, fugiram pelo telhado da penitenciária.

Uma ligação de Rogério captada pela PF revelou o plano dos fugitivos de Mossoró. Segundo as autoridades, eles tinham o objetivo de ir para a Bolívia quando foram recapturados.

Inicialmente, agentes federais e estaduais concentraram as buscas num raio de 15 km de distância do presídio. Três estados anunciaram que estavam atuando em conjunto para fiscalizar divisas. Rio Grande do Norte, Paraíba e Ceará aumentaram o policiamento terrestre e aéreo da região. A Interpol foi alertada.

A PF investiga se o Comando Vermelho auxiliou Rogério e Deibson após a fuga. No total, 14 pessoas foram presas em flagrante por suspeita de ajudar os fugitivos. Isso inclui os quatro homens detidos durante a recaptura.

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