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Com trégua das chuvas, Defesa Civil acelera socorro a pessoas ilhadas no RS

Em botes, forças de segurança e voluntários resgataram pessoas ilhadas por enchentes no Rio Grande do Sul Imagem: GILMAR ALVES /ASI/5.mai.2024-ESTADÃO CONTEÚDO

Do UOL, em São Paulo

06/05/2024 11h12

As forças de segurança que buscam e resgatam sobreviventes das chuvas no Rio Grande do Sul aceleraram trabalhos com melhora nas condições meteorológicas do estado nesta segunda-feira (6).

O que aconteceu

Municípios de Canoas, Eldorado do Sul e Guaíba são alguns dos que estão no radar da Defesa Civil. Os trabalhos de resgate nas localidades foram prejudicados devido ao mau tempo que causou alagamentos e isolou as regiões do resto do estado.

Entre os resgatados com a melhora do tempo estão 167 pessoas que ficaram presas em uma igreja. Eles estavam no município de Guaíba e foram retirados com ajuda das forças de segurança estaduais, informou a Defesa Civil do RS.

Chuva diminuiu na capital e na Grande Porto Alegre. A trégua na chuva é resultado da movimentação de uma massa de ar seco e quente que segue da região central do Brasil para o sul, segundo o MetSul.

Águas do Guaíba seguirão para Lagoa dos Patos. Há previsão de enchentes em cidades costeiras, como Pelotas e Rio Grande, informou o serviço de meteorologia MetSul. Nesta segunda-feira (6), o ministro do Desenvolvimento Regional Waldez Góes afirmou que o governo federal está de olho nas regiões que devem receber as águas da Grande Porto Alegre.

Fomos muito prejudicados nos primeiros dias de resgate por conta da questão meteorológica e a correnteza dos rios, tendo em vista o volume de chuva que recebemos. Agora, com melhoria das condições, estamos acelerando para que a ajuda chegue o mais rápido possível.
Tenente Sabrina Ribas, da Defesa Civil do Rio Grande do Sul

Chuvas já deixaram 83 mortos no RS

A Defesa Civil informou que subiu para 83 o número de mortos em razão das fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul. A última atualização foi divulgada na manhã desta segunda-feira (6).

Autoridades ainda investigam quatro mortes que podem estar relacionadas aos temporais. São 111 desaparecidos e 276 feridos, segundo o boletim da Defesa Civil Estadual.

Ao todo, 850.422 pessoas foram afetadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul. Ao menos ficaram 121.957 desalojadas e 19.368 estão em abrigos.

Dos 497 municípios gaúchos, 345 sofreram alguma consequência dos temporais. Na região metropolitana de Porto Alegre, a água deixou pessoas ilhadas e fechou hospitais em Canoas. O clima é de "zona de guerra".

Nível do Guaíba é de 5,27 metros, às 8h, desta segunda. Os dados são da régua da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (SEMA), Serviço Geológico do Brasil (SGB) e Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). No sábado (4), ele já havia superado a marca atingida no ano de 1941 (de 4,76 metros de altura), quando inundou grande parte do centro da capital gaúcha.

Números de mortes e desaparecidos ainda podem "crescer exponencialmente", diz governador. Eduardo Leite (PSDB) afirmou no sábado (4) que os dados podem ser alterados em razão das situações que continuam sendo levantadas pelos órgãos competentes.

Segunda (6) e terça (7) não deve chover em Porto Alegre. Na segunda, a chance de tempestade é de 11%, contra 14% na terça. Nos dois dias, a previsão é de sol entre nuvens, segundo a Climatempo. As máximas poderão atingir 35ºC em algumas cidades e podem alcançar 32ºC a 34ºC na Grande Porto Alegre. Na terça, afirma a MetSul, o sol e calor continuam predominando e as chuvas temporais deverão ficar concentradas no extremo sul do estado e próximo das fronteiras.

O Rio Grande do Sul é atingido por chuvas intensas desde 24 de abril.

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