Enchentes no RS: Número de mortos chega a 155 e há 94 desaparecidos
Do UOL, em São Paulo
18/05/2024 09h17Atualizada em 18/05/2024 15h04
O número de mortos por causa das enchentes no Rio Grande do Sul subiu para 155. A informação foi atualizada em boletim da Defesa Civil na manhã deste sábado (18).
O que aconteceu
Além dos mortos, há 94 desaparecidos no estado. Na noite da sexta (17), a Polícia Civil informou que ao menos 45 pessoas consideradas desaparecidas foram encontradas e reconectadas a familiares.
Ao todo 2.304.422 pessoas foram afetadas pelas chuvas. Dessas, 540.188 estão desalojadas e 77.202 foram para abrigos no estado.
O Rio Grande do Sul também contabiliza 806 pessoas feridas. Até o momento, 82 mil foram resgatadas de áreas de risco, informou a Defesa Civil.
Governador visitará Vale do Taquari neste sábado. Eduardo Leite (PSDB) vai até o gabinete de crise de Lajeado após ver as áreas atingidas pelas águas do rio Taquari. A régua que mede o rio no município de Muçum aponta que as águas estão abaixo da cota de alerta desde a terça-feira (15).
Número de barragens com risco de ruptura diminui. Agora, somente a barragem Salto, na usina hidrelétrica de Bugres, em São Francisco de Paula, tem risco de colapso.
Mais de 900 toneladas de lixo são retiradas das ruas de Porto Alegre. Com a descida do nível da água, 910 mil quilos de entulhos, lodo e outros resíduos foram retirados das ruas da capital desde o início das inundações, informou a prefeitura.
Atividades retomadas em escolas
Oitenta e seis escolas estaduais estão servindo de abrigo, segundo a Defesa Civil. Outras 570 foram danificadas — nessas unidades, estão matriculados quase 220 mil estudantes.
71,7% das unidades de ensino estaduais retomaram as atividades. Outras 660 continuam fechadas, e 452 não têm data prevista para recomeçarem as aulas. No total, o Rio Grande do Sul tem 2.340 escolas.
A Defesa Civil informa ainda que 87 trechos permanecem com bloqueios totais e parciais em 47 rodovias. O balanço inclui estradas, pontes e balsas. O aeroporto Salgado Filho, na capital, está fechado por tempo indeterminado.
Mais de 200 mil clientes de duas concessionárias de energia permanecem sem fornecimento. Funcionários relataram ao UOL que trabalham até 18 horas para restabelecer o serviço de energia e de internet.