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Padre Paciolli é denunciado pela segunda vez por importunação sexual no RJ

Padre Alexandre Paciolli Imagem: Reprodução / Canção Nova

Do UOL, São Paulo

27/05/2024 11h36Atualizada em 27/05/2024 11h36

O padre Alexandre Paciolli, preso por suspeita de estupro e importunação, foi denunciado mais uma vez pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, após uma segunda vítima procurar as autoridades.

O que aconteceu

O líder religioso agora é denunciado por importunação sexual a uma mulher em Itaperuna. No início de abril, o padre, que é ex-chefe da igreja da PUC-Rio, foi preso preventivamente por crimes sexuais contra uma outra vítima em Nova Friburgo.

Padre teria oferecido fazer uma visita na casa de uma fiel em 2021. Conforme a denúncia, ele teria feito a oferta com a justificativa de ajudá-la a enfrentar problemas familiares.

Paciolli se aproveitou da fragilidade da mulher para acariciá-la em várias partes do corpo durante a visita, segundo o MP. Após a vítima se levantar, ''o denunciado encostou sua cabeça na dela e começou a acariciá-la no rosto, inclusive na boca e pescoço, descendo a mão e alcançando o meio do seio".

Investigação mostra que ainda há outras vítimas do padre. A Arquidiocese do Rio de Janeiro já recebeu outras denúncias de abusos sexuais cometidos pelo líder religioso.

O caso está em segredo de Justiça. Por isso, o UOL não conseguiu identificar quem faz a defesa do padre. A reportagem também procurou a Arquidiocese e aguarda retorno. O espaço fica aberto para manifestações.

Entenda primeira denúncia

Abusos contra a fiel de Nova Friburgo aconteceram em agosto de 2022 e janeiro de 2023. ''Ele se aproveitava de sua condição de líder religioso, em quem as pessoas depositam confiança e fé, para abusar de pessoas fragilizadas emocionalmente e satisfazer seu próprio desejo sexual'', enfatizou o MP.

O padre teria dito a ela que estava ''sentindo fortes dores''. ''Ele passou a praticar atos libidinosos com a vítima, que, tendo o denunciado como seu sagrado protetor, não conseguiu oferecer resistência.''

Ele chefiou a Igreja da PUC-Rio de 2016 a 2021, e deixou a Universidade em 2022. A Universidade disse que acompanha as investigações e está à disposição das autoridades. Alexandre também apresentou programas de televisão na TV Canção Nova, e já fez um programa dedicado às mulheres, ''mulheres de fé''. O UOL tentou contato com a TV e com a Arquidiocese, mas não obteve retorno.

A PUC-Rio disse que acompanha as investigações. A Universidade ressaltou que o padre não faz parte do quadro de funcionários e que está à disposição das autoridades. "A PUC-Rio ressalta, assim, o seu compromisso com a verdade, a justiça e, sobretudo, a integridade das pessoas", diz a nota.

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