'Guerra dos ventos': nível do Guaíba enfrenta sobe e desce no RS
O Guaíba, em Porto Alegre, teve uma alta de 43 centímetros na madrugada de segunda-feira em apenas sete horas - que o fez amanhecer com repique e transbordamento do cais. No entanto, o núvel começou nesta terça-feira 20 cm abaixo da cota de inundação.
O que aconteceu?
No início desta terça-feira (4), o nível do Guaíba estava em 2,81 metros pela régua da TideSat instalada no Cais Mauá, cerca de 20 centímetros abaixo da cota de transbordamento, que são 3,00 metros.
Na segunda (3), a régua eletrônica de medição da TideSat registrou 3,10 metros durante o auge do repique gerado pelo vento sul (um vento de origem polar), no começo da manhã de segunda-feira, antes de o Guaíba retomar sua trajetória de baixa, de acordo com o portal de meteorologia Metsul.
Vento dificulta escoamento da água
Ventos fortes do sul dificultam o escoamento do Guaíba - que deve escoar suas águas para o norte - no sentido da Lagoa dos Patos.
Apesar da alta expressiva, é comum que o Guaíba suba entre 30 cm a 50 cm quando afetado pelo vento sul, de acordo com informações do Metsul.
Guaíba entre o sobe e desce
No domingo (2), o Guaíba baixou a seu menor nível após um mês. A régua instalada na Usina do Gasômetro mostrou que o nível do Guaíba caiu de 3,54 metros registrados no sábado (1º) à noite para 3,48 metros por volta das 8h15 do domingo.
Na segunda de manhã, o Guaíba chegou a marcar 3,10, no auge do repique causado pelo vento sul.
Agora, volta a tendência de baixa, com 2,81 metros no começo desta manhã.
O pior momento começou em 2 de maio, quando o Guaíba marcou 3,69 metros e nunca mais ficou abaixo da cota de inundação.
A maior alta registrada foi de 5,35 (recorde), em 5 de maio.