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Mais de 170 animais estavam em loja da Cobasi que inundou em Porto Alegre

Fachada de loja da Cobasi no Shopping Praia de Belas em Porto Alegre tirada em julho de 2018 Imagem: Reprodução/Foto via Google Maps

Do UOL, em São Paulo

11/06/2024 20h28Atualizada em 11/06/2024 20h41

A unidade do petshop Cobasi que inundou em um shopping de Porto Alegre (RS), no mês passado, contava com 175 animais, segundo a Polícia Civil. A própria loja já havia confirmado que os bichos morreram após a enchente.

O que aconteceu

Apesar de uma vistoria no mês passado ter encontrado 38 corpos, a delegada Samieh Saleh disse que todos os 175 morreram. "Acreditamos que todos tenham morrido porque não encontramos nenhum animal vivo", afirmou ao UOL.

O balanço foi enviado pela Cobasi após pedido da Polícia Civil. Outra unidade do petshop em Porto Alegre tinha mais de 300 animais, mas a maioria foi resgatada por voluntários.

Segundo a delegada, o inquérito será encaminhado à Justiça nesta quarta-feira (12). Uma coletiva de imprensa deve ser realizada para anunciar os detalhes da conclusão das investigações, como eventuais indiciamentos.

Cobasi guardou PCs no mezanino

Os computadores do petshop Cobasi, em Porto Alegre, foram guardados no mezanino para evitar que a água os atingisse, enquanto os animais foram deixados no subsolo. A informação foi dada pela delegada Samieh Saleh, em entrevista ao UOL no mês passado.

Ela fez a constatação durante vistoria no petshop. A delegada foi acompanhada de agentes do Ibama, do Comando Ambiental da Brigada Militar e do IGP (Instituto Geral de Perícias).

O mezanino não foi atingido pela enchente. "Identificamos que os computadores, CPUs que estavam nos caixas no subsolo foram retirados e colocados no mezanino. Eles tiveram esse cuidado em retirar os eletrônicos, mas os animais ficaram embaixo", disse Samieh.

Corpos dos animais retirados da loja Imagem: Reprodução/Polícia Civil

Cobasi se posiciona

Por meio de nota, a Cobasi reforçou que a loja teve que ser evacuada de forma emergencial. Segundo o comunicado, tudo foi colocado acima de um metro de altura do salão no dia 3. Porém, a água na noite do dia 4 e na madrugada do dia 5 chegou aos 3,5 metros de altura, ultrapassando a barreira de sacos de areia colocada na porta da unidade.

A empresa ainda diz que quatro CPUs foram levadas ao andar superior porque estavam a 20 centímetros do chão. "Porém todos os outros equipamentos relacionados aos checkouts permaneceram em suas posições originais (acima de 1 metro de altura) tais como: monitores, teclados, impressoras de cupom fiscal, teclados pin pad (para cartões de crédito/débito) e leitores de código de barras dos produtos". Os equipamentos não removidos foram danificados, afirma a loja.

A gerência da unidade entendeu que não havia risco de inundação porque a água estava estabilizada às 18h30 do dia 4, segundo relato de um funcionário do shopping, diz o comunicado. "Todo este relato acima será confirmado e provado nos autos".

A Cobasi lamentou a morte dos animais e ressaltou que não havia cães ou gatos no local. "A Cobasi lamenta profundamente o ocorrido. A empresa ressalta ainda que está colaborando com as investigações realizadas pelas autoridades e que irá comprovar todas as informações relatadas acima nos autos".

O Shopping Praia de Belas, onde a loja está localizada, disse que comunicou a Cobasi em relação ao risco de "alagamento severo". O shopping ainda afirma que ofereceu toda assistência necessária para acesso ao local.

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