Conteúdo publicado há 7 meses

Cobasi diz que animais foram remanejados, mas água superou o esperado

O petshop Cobasi divulgou um comunicado, na noite de quinta-feira (23), em que afirma que os animais mortos em uma unidade em Porto Alegre (RS) foram remanejados de lugar, mas a água da enchente superou a altura esperada.

O que aconteceu

A Cobasi reforçou que a loja teve que ser evacuada de forma emergencial. Segundo o comunicado, tudo foi colocado acima de um metro de altura do salão no dia 3. Porém, a água na noite do dia 4 e na madrugada do dia 5 chegou aos 3,5 metros de altura, ultrapassando a barreira de sacos de areia colocada na porta da unidade.

A empresa ainda diz que quatro CPUs foram levadas ao andar superior porque estavam a 20 centímetros do chão. "Porém todos os outros equipamentos relacionados aos checkouts permaneceram em suas posições originais (acima de 1 metro de altura) tais como: monitores, teclados, impressoras de cupom fiscal, teclados pin pad (para cartões de crédito/débito) e leitores de código de barras dos produtos". Os equipamentos não removidos foram danificados, afirma a loja.

A gerência da unidade entendeu que não havia risco de inundação porque a água estava estabilizada às 18h30 do dia 4, segundo relato de um funcionário do shopping, diz o comunicado. "Todo este relato acima será confirmado e provado nos autos".

A Cobasi lamentou a morte dos animais e ressaltou que não havia cães ou gatos no local. "A Cobasi lamenta profundamente o ocorrido. A empresa ressalta ainda que está colaborando com as investigações realizadas pelas autoridades e que irá comprovar todas as informações relatadas acima nos autos".

PCs no mezanino

Os computadores do petshop Cobasi, em Porto Alegre (RS), foram guardados no mezanino para evitar que a água os atingisse, enquanto os animais foram deixados no subsolo. A informação é da delegada Samieh Saleh, em entrevista ao UOL na quinta-feira.

A delegada fez a constatação durante nova vistoria no petshop, realizada na manhã de ontem. Ela foi acompanhada de agentes do Ibama, do Comando Ambiental da Brigada Militar e do IGP (Instituto Geral de Perícias).

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O mezanino não foi atingido pela enchente. "Identificamos que os computadores, CPUs que estavam nos caixas no subsolo foram retirados e colocados no mezanino. Eles tiveram esse cuidado em retirar os eletrônicos, mas os animais ficaram embaixo", disse Samieh.

Os agentes conseguiram retirar da loja 38 corpos, entre peixes, aves e roedores, mas o número pode ser maior. "Estava uma escuridão, fizemos uma busca em uma loja inteira com ajuda de lanternas, cheio de objetos no chão. Bem possivelmente que tenha bem mais", afirmou a delegada.

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