Conteúdo publicado há 1 mês

Polícia faz operação em comunidades do Rio disputadas por tráfico e milícia

As forças de segurança do Rio fazem hoje uma grande operação contra o crime organizado em 10 comunidades da zona oeste. Não há prazo para o fim da ação.

O que aconteceu

Governo quer retomar controle em regiões onde há disputas entre traficantes e milicianos. "Ali em Itanhangá até Vargem Grande e Vargem Pequena, passando por Jacarepaguá, é uma área que a gente sabe que o Comando Vermelho tem tentando tomar das milícias", afirmou o governador Cláudio Castro (PL), que acompanha a operação.

Ação tenta enfraquecer o controle territorial pelo crime organizado e a lavagem de dinheiro. Dois mil policiais foram mobilizados. A operação não vai ocupar territórios, mas agentes estarão nas ruas para investigar, identificar e prender criminosos.

Operação acontece na Cidade de Deus, Gardênia Azul, Rio das Pedras, Morro do Banco, Fontela, Muzema, Tijuquinha, Sítio do Pai João, Terreirão e César Maia. Também haverá um contingente policial atuando nos bairros Jacarepaguá, Barra da Tijuca, Recreio, Itanhangá, Vargem Grande e Vargem Pequena.

Castro prometeu retomar os serviços públicos nas comunidades. Hoje, os grupos criminosos arrecadam milhões com o fornecimento ilegal de serviços de infraestrutura urbana, como internet, água e gás. É a chamada "taxa do medo".

Ele anunciou que agentes de fiscalização estão nas comunidades para fechar empresas ilegais. "Vamos acabar com possíveis furtos de água, luz, venda de gás". A Operação Ordo tem apoio da Prefeitura do Rio, concessionárias de energia, água e gás, além de operadoras de serviços de telecomunicações.

No Rio, as milícias dominam 41 bairros, o que corresponde a 58% do território da cidade e 2,1 milhões de habitantes (33,9%), segundo estudo do Geni-UFF de 2023.

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