MP questiona destino de animais que viviam no Beto Carrero World
O Ministério Público de Santa Catarina pediu, na última terça-feira (23), esclarecimentos ao Beto Carrero World sobre o destino dos animais que viviam no zoológico do parque.
O que aconteceu
Ofício da 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Penha também questiona o Instituto do Meio Ambiente (IMA) de Santa Catarina. O zoológico do parque está na iminência de ser fechado.
O Beto Carrero World terá que enviar dados dos animais que viveram no zoológico nos últimos 12 meses. A empresa deve especificar quais animais já foram retirados e quais que permanecem no local. Também devem ser mencionados o destino dos bichos e as respectivas licenças do Instituto do Meio Ambiente para a operação.
Órgão de defesa ambiental deve prestar informações sobre animais que continuam no zoológico e sobre as autorizações de deslocamento e remoção. O IMA de Santa Catarina e o Beto Carrero tem um prazo de dez dias para enviar as respostas.
Grupo Especial de Defesa dos Direitos dos Animais prestará apoio na apuração do MP. A promotora do caso, Daniela Carvalho Alencar, citou a necessidade de garantir a proteção e bem-estar dos animais que viviam no parque.
Parque diz que responderá ao MP e garante que todos os animais foram encaminhados a empreendimentos devidamente autorizados e em conformidade com os órgãos ambientais competentes. "Tudo foi feito de acordo com as melhores práticas. Conforme procedimento do Instituto do Meio Ambiente, entendemos que é prudente manter o destino específico dos animais em sigilo para continuar protegendo sua segurança e a dos empreendimentos que os recebem", escreveu a administração do parque. A empresa citou o compromisso com o bem-estar dos animais, que viveram no local por 32 anos.
IMA diz que nenhum animal saiu do zoológico sem autorização. "O processo de encerramento pode levar algum tempo, pois envolve uma logística complexa, desde a procura de locais adequados ao recebimento dos animais, o cumprimento dos trâmites legais autorizativos, que inclui a comunicação entre órgãos ambientais estaduais, até a efetiva realização do transporte." O órgão acrescentou que a retirada começou no ano passado, e os animais foram encaminhados a empreendimentos devidamente autorizados e regulares com os respectivos órgãos ambientais.
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