Conteúdo publicado há 3 meses

'Manutenção faz parte da rotina', diz Voepass sobre danos em avião que caiu

A Voepass, empresa responsável pelo avião que caiu em Vinhedo (SP) e matou 62 pessoas, publicou uma nota nesta quinta-feira (15) em que classifica apenas como "rotina" a manutenção que a aeronave passou antes do acidente.

O que aconteceu

A companhia aérea disse que os aviões da empresa só decolam em "estrita conformidade" com a regulamentação. "O envio de aeronaves para manutenção é algo que faz parte da rotina de todas as companhias aéreas do mundo", diz um trecho.

A Voepass ressaltou que somente as investigações oficiais poderão apontas as causas do acidente e criticou o que chamou de "especulações". "Especulações sobre reparos técnicos realizados no passado servem apenas para aumentar o sofrimento e a imensa dor das famílias dos 58 passageiros e quatro tripulantes envolvidos neste trágico acidente", argumenta a empresa.

O avião turboélice modelo ATR 72-500 da Voepass passou por manutenção após sofrer um dano estrutural em março deste ano. A informação foi revelada pelo Fantástico no último domingo (11).

Aeronave apresentou problemas estruturais recentes. Falhas no ar-condicionado e no sistema hidráulico, além de um contato anormal com a pista são alguns dos defeitos.

O perito aeronáutico Daniel Kalazans ressaltou, em entrevista ao UOL News, que a manutenção não impede o voo, necessariamente. Desde que os protocolos de segurança tenham sido seguidos e aprovados pela Anac, não há problema.

'Contato anormal'

Problemas tiveram início no dia 11 de março deste ano. Um relatório exibido pelo programa da TV Globo mostrou que houve um "contato anormal" da aeronave com a pista na hora do pouso, em uma viagem do Recife para Salvador.

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Cauda do avião teria se chocado com a pista. Batida causou um "dano estrutural" na aeronave, segundo foi relatado no sistema de manutenção da empresa.

Aeronave ficou estacionada na capital baiana por 17 dias, até 28 de março. Após o período, avião teria passado por consertos na oficina da Voepass, em Ribeirão Preto (SP).

O avião prefixo PS-VPB só voltou a voar no dia 9 de julho. No primeiro voo, de Ribeirão Preto para Guarulhos, houve uma despressurização, apurou o Fantástico. Por isso, o avião retornou para oficina em Ribeirão Preto, sem passageiros. Foram mais quatro dias parado para um novo reparo.

Apenas no dia 13 de julho, a aeronave voltou a voar comercialmente.

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