Elon Musk diz que vai divulgar supostos crimes de Moraes no X

Com o X fora do ar no Brasil, o bilionário Elon Musk prometeu publicar, a partir de amanhã (1) uma "longa lista de crimes" e violações às leis brasileiras supostamente cometidas pelo ministro do STF.

O que aconteceu

Vamos começar a publicar amanhã a longa lista de crimes de Alexandre de Moraes, juntamente com as leis brasileiras específicas que ele violou Elon Musk, no X.

Ele chamou o ministro de ditador. E disse ainda que Moraes não precisa seguir as leis dos EUA, mas "precisa seguir a legislação de seu próprio país". "Ele é um ditador e uma fraude, e não a Justiça", acrescentou o bilionário.

Descumprimento de ordem de Moraes. O ministro mandou suspender o funcionamento da rede social X no Brasil. A empresa não respondeu à intimação do STF para indicar um representante legal no país em até 24 horas para se manifestar sobre as ordens judiciais. A intimação foi publicada pelo tribunal na rede social na quarta-feira (28). Uma advogada havia sido intimada no dia 18 de agosto a apresentar as informações.

X chama decisão de "censura". Dono da plataforma, Elon Musk, tinha até as 20h07 de quinta-feira (28) para acatar ordem. Na rede social, o perfil oficial da plataforma se manifestou afirmando que não cumpriria a ordem do STF. "Em breve, esperamos que o Ministro Alexandre de Moraes ordene o bloqueio do X no Brasil - simplesmente porque não cumprimos suas ordens ilegais para censurar seus opositores", diz a publicação.

Marco Civil da Internet exige que as empresas tenham um representante legal no país. O X encerrou suas operações no Brasil no último dia 17 de agosto, mas informou que o seu serviço continuaria disponível para os brasileiros. Na ocasião, a empresa acusou o magistrado de ser o responsável pelo encerramento.

X entregou decisões sigilosas de Moraes a republicanos trumpistas. Em abril, a rede social compartilhou com o Comitê Judiciário da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, controlado por deputados aliados de Donald Trump, todas as ordens de Moraes de remoção de perfis e publicações com ataques às instituições brasileiras. Dois dias depois, os republicanos publicaram um relatório com as informações em que acusam o ministro brasileiro de "censura". À época, o STF afirmou que o vazamento não se tratava de decisões fundamentadas, e sim de ofícios enviados às plataformas para cumprimento da decisão.

*Com informações da agência ANSA

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