Conteúdo publicado há 1 mês

Homem que matou mulher e postou crime na web agrediu enfermeira em hospital

O homem que matou a esposa na frente da filha de 4 anos e postou o crime na internet também é suspeito de agredir uma enfermeira dentro do hospital em que estava internado.

O que aconteceu

Mauro Vinícius Expedito Silva, 25, teria espancado e tentado enforcar uma enfermeira durante preparação para uma cirurgia no sábado (31). Ele foi internado no hospital Regional Antônio Dias, em Patos de Minas (MG), após atentar contra a própria vida e ficar com uma bala alojada na cabeça.

Suspeito, que estava algemado, chutou o rosto da enfermeira e a agarrou pelo pescoço em uma tentativa de enforcamento. O caso ocorreu no momento em que a profissional o preparava para passar pelo procedimento para a retirada do projétil. Agentes da Polícia Militar que faziam a escolta do suspeito precisaram intervir para controlá-lo, segundo informações do boletim de ocorrência.

Mauro Vinícius já realizou a cirurgia e recebeu alta hospitalar no domingo (1º). Segundo a Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), o homem foi encaminhado para o Presídio Sebastião Satiro, em Patos de Minas, onde é acompanhado por uma equipe de saúde que avalia a evolução de seu quadro clínico.

A defesa de Mauro Vinícius Expedito da Silva afirmou que ele não prestou depoimento por ainda estar muito debilitado. "O acusado ainda está muito debilitado fisicamente. Não prestou depoimento durante as investigações. Assim, reputamos mais prudente deixar qualquer tipo de informação para a fase judicial, quando ele estiver habilitado par dar declarações".

Servidora recebeu apoio emocional após agressão. A Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), responsável pelo hospital em Patos de Minas informou que a profissional "não precisou de atendimento médico". "A equipe garantiu a segurança e a integridade física da profissional imediatamente e ela foi amparada pela instituição", diz a nota.

Relembre o caso

Yasmim Araújo, 23, foi morta a tiros dentro da casa em que morava com Mauro Vinícius no dia 25 de agosto. À Polícia Militar, o homem confessou que matou a companheira na frente da filha do casal.

Homem disse que matou a companheira após descobrir suposta traição. Depois do crime, ele publicou um vídeo nas redes sociais em que mostra ele atirando na mulher e a chamando de "talarica". Na postagem, Mauro Vinícius escreveu: "Minha filha nunca vai me perdoar, entendeu? Eu estou doido".

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A Polícia Militar foi acionada após uma prima da vítima ver a publicação. Ela detalhou que era possível ouvir uma criança chorando no vídeo postado pelo autor do crime. A filha do casal estava na residência e presenciou o homicídio.

O atirador estava ferido, com a arma em punho e sentado em uma cadeira. Ele contou aos policiais que teria tentado tirar a própria vida. Segundo o boletim de ocorrência, Mauro Vinícius tinha ferimentos no rosto e no abdômen e foi hospitalizado.

Em caso de violência, denuncie

Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie.

Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.

Também é possível realizar denúncias pelo número 180 — Central de Atendimento à Mulher — e do Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.

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Procure ajuda

Caso você esteja pensando em cometer suicídio, procure ajuda especializada como o CVV e os CAPS (Centros de Atenção Psicossocial) da sua cidade. O CVV (https://www.cvv.org.br/) funciona 24 horas por dia (inclusive aos feriados) pelo telefone 188, e também atende por e-mail, chat e pessoalmente. São mais de 120 postos de atendimento em todo o Brasil.

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