Homem é baleado na cabeça e morre durante abordagem em SP; PM é preso

Um homem foi morto com tiro na cabeça durante uma abordagem policial na cidade de Orlândia (SP), nesta quarta-feira (2). O agente responsável pelo disparo foi preso em flagrante.

O que aconteceu

João Victor Moura Rangon, 27, foi morto após desobedecer a uma ordem de parada feita pelos policiais. Durante a madrugada desta quarta-feira (2), ele estava em um carro com o irmão, de 24 anos, quando foi abordado por uma viatura. Ao receber ordem para parar o veículo, ele teria fugido. As informações constam no boletim de ocorrência registrado pela Polícia Militar de São Paulo.

Durante a perseguição, que durou cerca de 45 minutos, os policiais conseguiram imobilizar o carro de João na Avenida Quatro. Em seguida, os agentes foram até o veículo em que estavam a vítima e o irmão dele, mas, "por motivos a serem esclarecidos", a arma de um militar disparou e acertou a cabeça da vítima, afirma o B.O.

João Victor foi socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu antes mesmo de chegar ao hospital. O irmão dele também foi agredido pelos policiais e sofreu escoriações no braço e no punho.

Nada de ilegal foi encontrado de posse dos jovens. O próprio boletim de ocorrência feito pelos agentes diz que a polícia não localizou ilícitos no carro ou com os dois irmãos.

PM-SP afirma que os policiais envolvidos na abordagem agiram dentro de "todos os protocolos de atendimento" definidos pela corporação. "Não há ação da Polícia Militar que não seja definida em protocolos. A ocorrência se dá dentro de protocolos, por isso foram 45 minutos tentando parar esse veículo, sem termos qualquer notícia de disparo de arma de fogo contra as pessoas que ali estavam", declarou o major Helder Antonio de Paula em entrevista à EPTV.

Major destacou que a abordagem do veículo "foi um sucesso", mas admitiu ser "obscura" a razão que levou o PM a atirar na vítima. "Ainda está obscura a razão desse disparo, e seria precoce afirmar uma conduta como correta ou não", disse Helder.

Militar foi preso e encaminhado à delegacia. Ele já prestou depoimento, teve a arma apreendida e deve passar por audiência de custódia. O UOL não conseguiu localizar a defesa do agente para pedir posicionamento. O espaço segue aberto para manifestação.

Caso foi registrado como resistência e homicídio decorrente de oposição à intervenção policial. A reportagem questionou a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo se a Corregedoria da PM instaurou algum inquérito para investigar o ocorrido e aguarda retorno.

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