Conteúdo publicado há 1 mês

Incêndio é controlado no Copan; edifício está regular, diz subprefeito

O incêndio que atinge o Edifício Copan, na tarde desta quinta-feira (3), foi controlado, segundo o Corpo de Bombeiros. O prédio histórico fica localizado no centro de São Paulo.

O que aconteceu

Um incêndio é considerado controlado quando ele não se espalha para outras edificações. Porém, conforme explicado ao UOL pela porta-voz dos Bombeiros, tenente Olívia Perrone, o incêndio ainda continuou no prédio, localizado na avenida Ipiranga, número 200, até pouco antes das 21h, quando a operação se aproximava da fase de rescaldo.

Incêndio ocorreu entre o 18º e 22º andar e nas juntas (fendas) de dilatação do edifício, explicou o Corpo de Bombeiros. Informações iniciais indicavam que o fogo teria começado em um apartamento. "Pegou fogo na junta de dilatação entre os blocos D e E", disse o empresário Ocimar Santos, de 53 anos, que mora no Copan. Conforme a UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), junta de dilatação é "uma divisão entre duas peças de uma estrutura e serve para que ambas movimentem-se sem que tenham contato".

Edifício está regular e tem AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros) dentro da validade. O Copan também conta com própria brigada de incêndio, que começou o combate das chamas logo após o início do fogo, informou ao UOL o coronel Alvaro Camilo, subprefeito da Sé.

O fogo foi combatido em duas frentes: no 22º andar e no 33º andar. A Defesa Civil do Estado informou que está no local e acompanha o trabalho dos bombeiros.

Cinco viaturas permaneciam no edifício até a noite desta quinta, pois havia focos de incêndio com temperatura alta no local. Em determinado momento da ocorrência, nove viaturas e 28 bombeiros chegaram a ser deslocados. Ocorrência não deixou vítimas ou feridos.

Todos que estavam próximos ao incêndio foram evacuados com o auxílio das medidas de proteção contra incêndio do próprio edifício. Os bombeiros também trabalham para que os evacuados fiquem em um local de segurança e não retornem ao local até o fim dos trabalhos.

Pessoas que estavam no local divulgaram vídeos do incêndio nas redes sociais. Um dos registros mostra muita fumaça saindo do edifício.

A Polícia Militar prestou apoio e ajuda no isolamento da área enquanto os bombeiros trabalhavam no local. Curiosos também se reuniram nas vias próximas para ver a ocorrência.

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Relatos de moradores

Uma moradora do 24º andar estava fora de casa e ficou desesperada ao visualizar a fumaça no edifício. "Meu Deus, como que aconteceu isso?", disse a mulher, identificada como Fátima.

Moradora relatou ao UOL que foi avisada do incêndio por telefone. A advogada Marisa Santos Severo, 83 anos, que mora há 30 anos no edifício, definiu a ocorrência como "assustadora".

Humorista disse que incêndio atingiu o bloco onde ele mora. Paulo Vieira escreveu no Bluesky que o fogo começou cinco andares abaixo do apartamento dele. "Está tudo bem. Estou no Rio. Minha família já desceu [do apartamento] e todos estão bem", comentou.

CET fez bloqueios na região central

A Companhia de Engenharia de Tráfego realizou os bloqueios nos seguintes trechos:

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  • Av. Ipiranga, sentido Centro, pista da esquerda interditada entre a Rua da Consolação e a Av. São Luís;
  • Rua Araújo - entre Rua da Consolação e Rua Major Sertório;
  • Rua Major Sertório - entre Rua Araújo e Av. Ipiranga.

O Copan

Com cerca de 115 metros de altura, tem 38 pavimentos, dos quais 32 reúnem mais de 1.000 apartamentos. Há, ainda, restaurantes, lojas e escritórios. O Copan é um dos maiores símbolos de São Paulo. As informações são do Estadão Conteúdo.

Projetado por Oscar Niemeyer e Carlos Alberto Cerqueira Lemos, o edifício está em processo de restauro na fachada frontal. Há cerca de uma década, uma tela recobre o prédio para a proteção de transeuntes.

O Copan começou a ser construído em 1952, quando Niemeyer já era um arquiteto renomado. O nome é uma sigla para Companhia Pan-Americana de Hotéis e Turismo, cuja proposta inicial incluía um hotel. O prédio começou a ser habitado em 1966, mas a obra foi totalmente concluída somente seis anos depois.

Ao longo dos anos 2000, teve problemas. Entre eles, de manutenção da fachada, como infiltrações, queda de pastilhas, descaracterização, desprendimento de concreto e até exposição da armadura, o que foi constatado em laudos e até denunciado a órgãos de patrimônio.

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