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Maníaco, Pedrinho Matador: quem são os maiores serial killers do Brasil?

Pedrinho Matador e Maníaco do Parque (da esquerda para direita). Imagem: Robson Ventura/Folhapress e divulgação.

Do UOL, em São Paulo*

18/10/2024 12h00

O Maníaco do Parque é assunto novamente por causa do filme sobre a sua história produzido pelo Prime Video. O caso aterrorizante ainda atormenta os moradores de São Paulo e não à toa ele figura entre os principais assassinos do país - mas não lidera a lista.

Abaixo, veja quem são os principais e mais procurados serial killers do Brasil.

Pedrinho Matador

Pedrinho Matador, Pedro Rodrigues Filho Imagem: Robson Ventura/Folhapress

Pedro Rodrigues Filho, conhecido como Pedrinho Matador, tinha 71 homicídios em sua ficha criminal. Mas o número de vítimas pode chegar a 100 (número que o próprio afirmou em entrevista à escritora Ilana Casoy ), muitas delas criminosos.

Sua lista de assassinato começou aos 14, após matar o vice-prefeito de sua cidade. Ele acreditava que o político havia demitido seu pai injustamente.

Em uma das entrevistas para Ilana Casoy, Pedrinho Matador confidenciou um desejo: matar o Maníaco do Parque e Suzane von Richthofen. Na cadeia, recebeu cusparada do Maníaco do Parque.

Eu estava correndo no pátio, que eu fazia seis horas de exercícios na época. Aí vem ele, junto com os guardas. Aí o guarda falou: 'Pedrinho, esse aqui é o Maníaco do Parque'. Olhei bem pra cara dele e falei assim: 'Pode estar faltando um dia para eu ir embora. Se eu pegar você, você está perdido, eu arranco sua cabeça'. Sabe o que ele fez? Cuspiu na minha cara, eu saí fora, pegou no ombro. Mas você vê que eu não consegui matar ele Pedrinho Matador, no Podcast Ficha Criminal.

Após passar 42 anos preso, foi solto em 2017. Porém, foi assassinado em março de 2023, em Mogi das Cruzes (SP).

Júlio Santana, o pistoleiro profissional

O pistoleiro Júlio Santana registrou em um caderno quase 500 assassinatos por encomenda. A história dele é contada no livro "O nome da morte", de Klester Cavalcanti Imagem: Arquivo pessoal

Júlio Santana é responsável por 492 mortes, mas ao contrário de outros seriais killers, seus assassinatos foram motivados por dinheiro e executados como matador de aluguel. Os crimes ocorreram entre 1971 e 2006, principalmente no interior do Maranhão e Pará.

Apesar do número de vítimas, Júlio nunca foi julgado criminalmente e permanece em liberdade. Sua história foi contada no livro "O Nome da Morte", de Klester Cavalcanti, que se transformou em filme em 2017.

Hoje, vive em uma chácara no interior da Paraíba com sua família. Ele cria galinhas e porcos, longe dos holofotes.

Jonas Félix da Silva, o "justiceiro" da zona sul de SP

Jonas virou justiceiro após estupro da esposa. Ele assumiu o papel após sua família ser atacada durante um assalto, que resultou no abuso sexual de sua esposa.

Começou sua série de assassinatos em 1986, alegando que matou apenas criminosos. Foi acusado de ser o autor de uma chacina que deixou cinco mortos

Acumulou 50 mortes e foi condenado a 194 anos de prisão. Embora sua defesa alegue que sua pena foi reduzida pelo trabalho prisional, com término em 2022 - informação foi revelada pelo colunista Josmar Jozino, do UOL. Desde 1996, está preso e segue cumprindo pena.

Francisco da Chagas Rodrigues de Brito

Francisco das Chagas é acusado de matar ao menos 42 meninos no Maranhão e no Pará Imagem: Reprodução

Francisco da Chagas chocou o país com a brutalidade de seus crimes contra meninos. Entre 1989 e 2003, ele matou e mutilou 42 crianças no Maranhão e Pará. Suas vítimas tinham entre 4 e 15 anos de idade e tiveram os órgãos genitais cortados.

Ele foi condenado a uma pena de 400 anos. Francisco foi preso em 2004 e até hoje cumpre pena.

Tiago Henrique Gomes da Rocha, o "Maníaco de Goiânia"

Tiago Henrique Gomes da Rocha disse ter matado 39 pessoas em Goiânia Imagem: Reprodução

Tiago Henrique Gomes da Rocha era vigilante e admitiu ter assassinado 39 pessoas, escolhendo vítimas aleatoriamente pelas ruas de Goiânia. Entre suas vítimas estavam mulheres, homossexuais e moradores de rua.

"Obrigado por uma força". Ele afirmava que era "forçado por uma força do mal" a cometer os assassinatos.

Foi preso em outubro de 2014. Ele foi condenado a 20 anos de prisão pelo assassinato da estudante Ana Karla Lemes da Silva, de apenas 15 anos, morta com um tiro no peito.

José da Paz Bezerra, o "Monstro do Morumbi"

Nas décadas de 1960 e 1970 ele ficou conhecido como "Monstro do Morumbi". Ele estuprou e matou 24 mulheres, em São Paulo e no Paraná.

Após cumprir 30 anos de prisão, foi libertado em 2001. Sua história foi documentada no livro "Serial Killers: Made in Brazil", de Ilana Casoy, que também detalha outros assassinos brasileiros.

Marcelo Costa de Andrade, o "Vampiro de Niterói"

Marcelo Costa de Andrade, o "vampiro de Niterói", dá entrevista sobre os seus crimes Imagem: Reprodução

O Vampiro de Niterói, Marcelo Costa de Andrade, ficou conhecido dessa forma depois de confessar beber o sangue de suas vítimas. O comportamento começou em seu segundo assassinato.

Ele estuprou e matou 14 crianças em 1991. Está internado por tempo indeterminado no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico no Rio de Janeiro.

Maníaco do Parque (Francisco de Assis Pereira)

Francisco de Assis Pereira ficou conhecido como Maníaco do Parque Imagem: Divulgação

Entre 1997 e 1998, estuprou e matou seis mulheres, tentando assassinar outras nove. Condenado a mais de 280 anos de prisão.

Seus crimes aconteceram no Parque do Estado, em São Paulo. Preso desde 1998, cumpre pena na penitenciária de Iaras (SP).

Aos 55 anos, ele cumpre pena na penitenciária de Iaras, no interior paulista. O local é destinado aos condenados por estupro ou ameaçados de morte. Atualmente, dedica-se a atividades como crochê, tricô e leitura da Bíblia.

*Com informações de matérias publicadas em 11/03/2023, 07/03/2023, 15/10/2024, 05/03/2023.

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